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Modders garantem o futuro do Star Wars: Dark Forces

Após três anos de trabalho, trio lança a The Force Engine, uma remasterização para o Star Wars: Dark Forces que poderá ampliar bastante a vida útil do FPS

1 ano atrás

Lançado em 1995, Star Wars: Dark Forces foi a tentativa da LucasArts de levar a franquia para o mundo dos jogos de tiro em primeira pessoa e o resultado foi um jogo muito bom. Eis que quase três décadas depois, um trio de modders conseguiu melhorar o clássico e mais do que isso, abriu as portas para que muitas novidades surjam nos próximos anos.

Crédito: Divulgação/LucasArts

Desenvolvido por gilmorem560, luciusDXL e winterheart, The Force Engine (TFE) é um projeto que iniciou há três anos e cujo objetivo era, através de engenharia reversa, fazer com que a Jedi Engine se tornasse mais adequada às máquinas atuais. Assim, se o grupo obtivesse sucesso, ele atenderia os dois títulos criados pelas LucasArts e que utilizavam aquela ferramenta, o Star Wars: Dark Forces e o Oulaws.

Porém, embora o FPS que se passa no Velho Oeste só será suportado pela The Force Engine no futuro, o título que responde como o primeiro jogo de tiro em primeira pessoa do universo Star Wars já está disponível.

Isso significa que, utilizando essa remasterização, teremos acesso a diversas melhorias para o clássico, a começar pelo suporte à resolução 4K e widescreen (ou ultrawide). Isso se deve ao fato de que agora o jogo não será mais renderizado via software, mas sim pela placa de vídeo que estivermos utilizando.

Outras novidades que deverão ser muito comemoradas pelos jogadores é o total suporte a utilização do mouse para olharmos ao redor ou mesmo a possibilidade de jogarmos usando um controle. Eles ainda adicionaram uma retícula para a mira, melhoraram a inteligência artificial do Boba Fett e implementaram um novo sistema de save que poderá nos poupar um bom tempo quando precisarmos sair no meio de uma fase.

Star Wars: Dark Forces

Crédito: Divulgação/The Force Engine

Já para aqueles que ainda se dedicam a criar modificações para o Star Wars: Dark Forces ou simplesmente as utilizam enquanto jogam, também há algumas boas notícias. A principal delas é que os mods continuarão funcionando nesta remasterização, bastando colocá-los na pasta Mods/.

Isso nos leva para aquela que talvez seja a principal virtude da The Force Engine, que é a maneira como ela abre um novo horizonte para o jogo. Assim como a ZDoom fez pelo Doom, a TFE poderá fazer com que o Star Wars: Dark Forces passe a receber uma infinidade de novas fases, outras melhorias e até ser utilizado para a criação de histórias que nada tenham a ver com Jedi, Sith ou sabres de luz.

Mesmo não acreditando que essa engine se tornará tão popular quanto aquela que "quebrou as travas" do FPS da id Software, será interessante ver o que a comunidade poderá criar para ele e como ainda considero o Dark Forces um jogo muito divertido, quanto mais conteúdo ele receber, melhor.

Aos interessados, é preciso deixar claro que a TFE precisa do jogo original, mas a sua instalação é um processo muito simples, bastando realizar o download na página oficial e rodar o seu executável. O programa encontrará onde o título está instalado e cuidará do resto. E para aqueles que não possuem uma cópia do Star Wars: Dark Forces, ele pode ser adquirido no Steam ou no GOG, sendo que neste, no momento em que escrevia esse texto uma cópia estava saindo por apenas R$ 4,29.

Podendo ser considerado mais um dos muitos “Doom clones” que surgiram na década de 90, a ideia para o jogo da LucasArts nasceu após alguns funcionários do estúdio jogarem fases criadas por fãs que remetiam ao universo Star Wars. Porém, a equipe queria adicionar elementos de aventura ao gênero FPS, o que os levou a adicionar quebra-cabeças e elementos de estratégia.

Outra sábia decisão tomada por eles foi a de não ceder à tentação de usar Luke Skywalker como protagonista. Como o personagem poderia limitar tanto a narrativa quanto a jogabilidade, os envolvidos com a criação optaram por um novo herói, Kyle Katarn, um mercenário contratado pela Aliança Rebelde e que descobre um projeto para a produção de Dark Troopers.

Aliás, os poderosos novos soldados que lembravam o robô do Exterminador do Futuro foram criados por Justin Chin e Paul Mica especificamente para o Star Wars: Dark Forces, mas acabaram aparecendo em vários outros projetos lançados depois. “Ao invés de apenas melhorar os stormtroopers, eu os projetei para serem mais eficientes,” explicou Mica. “Eu queria algo mais aterrorizante e mais onipotente.”

O pessoal da LucasArts ainda implementaria recursos que não eram comuns ao gênero na época, como estágios com múltiplos andares ou mesmo a possibilidade de olharmos para cima e para baixo. Tudo isso fez com que o jogo se tornasse um tremendo sucesso e em 1996 fosse lançada uma versão para o PlayStation. Foi com ela que conheci o FPS e lembro de ter passado muitas tardes explorando os vastos (e labirínticos) estágios daquele jogo. Sem dúvida alguma, um clássico!

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