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Seria o Switch muito fraco para o Zelda: Breath of the Wild 2?

De acordo com equipe do Digital Foundry, trailer do The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 mostra um jogo que não rodaria no Nintendo Switch

2 anos atrás

Lá se vão cinco anos desde o lançamento do Nintendo Switch, um videogame que já chegou ao mercado com um hardware defasado em relação aos concorrentes. Mas apesar de as limitações não terem impedido o híbrido de receber diversos ótimos jogos, algumas pessoas duvidam que ele conseguirá dar conta do recado quando o The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 finalmente chegar às lojas.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2

Crédito: Reprodução/Youtube/Nintendo

Quem levantou essa dúvida foi a equipe do Digital Foundry, canal que se especializou em esmiuçar a parte técnica dos jogos e que após “estudar” o último trailer da tão aguardada nova aventura do Link, defendeu que tudo parece bonito demais para estar rodando em um Switch.

Mesmo sem terem colocado as mãos em uma versão — mesmo que preliminar — do The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2, Alex Battaglia, Richard Leadbetter e John Linneman observaram vários aspectos no vídeo que chamam a atenção. Para o trio, visualmente o jogo parece muito superior ao seu antecessor, com diversas técnicas tendo sido implementadas pela equipe da Nintendo.

Como apontado por Battaglia, já no início do trailer é possível ver o protagonista passando por nuvens volumétricas impressionantemente detalhadas. Além disso, com a imagem praticamente não mostrando serrilhados, esse nível de qualidade seria difícil de ser alcançado mesmo no Xbox Series X, atualmente o console mais poderoso no mercado.

O analista então especulou que o vídeo pode ter sido “maquiado” ao ser renderizado numa resolução maior ou estar rodando numa máquina mais forte, tudo para o jogo parecer mais bonito do que realmente será. Porém, como bem lembrado por eles, a Nintendo não costuma recorrer a essa tática, com uma das poucas exceções tendo acontecido justamente com o primeiro Breath of the Wild, cujo trailer contava com um draw distance maior.

Passamos então para a segunda hipótese, uma que considero provável e que fala sobre o novo jogo estar sendo pensado para o sucessor do Switch ou pelo menos para uma versão mais forte do híbrido. Embora o The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 tenha sido anunciado apenas para o atual videogame da Nintendo, não seria uma grande surpresa ele contar com duas versões, com uma delas sendo para a próxima geração da empresa.

The Legend of Zelda: Twilight Princess (Crédito: Divulgação/Nintendo)

Caso a equipe envolvida no seu desenvolvimento esteja pensando em seguir por este caminho, ela apenas repetiria o que já foi feito com o jogo anterior, que saiu tanto para o Switch quanto para o Wii U. Alguns também lembrarão que o mesmo tratamento foi dado ao The Legend of Zelda: Twilight Princess, que apareceu no GameCube e no Wii.

O interessante é que em ambos os casos as aventuras de Link serviram não só como um dos principais lançamentos de um console da Nintendo, mas também como o canto do cisne para aqueles cujos ciclos de vida se encerravam. Logo, será que o novo Breath of the Wild também será usado como a despedida do Switch?

Vale citar que este The Legend of Zelda — que, na verdade, nem sabemos se terá o subtítulo Breath of the Wild 2 — teve o seu lançamento adiado para até o final de junho de 2023. Isso ajuda a reforçar a suposição do jogo aparecer com o sucessor do Switch e apesar de a BigN ainda não ter falado nada sobre isso, não há como descartar que um anúncio seja feito até lá, mesmo porque ele pode não passar um “Switch Pro”.

Segundo o produtor Eiji Aonuma, o motivo para tal adiamento se deve a “tornar a experiência de jogo algo especial”, com a equipe responsável implementando diversos recursos e elementos de jogabilidade.

Crédito: Divulgação/Nintendo

Mas independentemente da real motivação para o The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 não ser lançado em 2022, acredito que o importante é que o jogo entregue um nível de qualidade tão alto quanto o seu antecessor. O que me deixa tranquilo em relação a isso é olhar para os dois capítulos da série lançados entre gerações e ver como eles funcionavam muito bem mesmo nos aparelhos mais fracos.

É claro que se o novo jogo tiver uma versão para o próximo console da Nintendo, ele deverá ter um desempenho consideravelmente inferior no Switch, mas não acho que isso seja um problema. Nunca esquecerei da alegria que senti ao poder jogar o Twilight Princess no meu GameCube ou enquanto explorava o vasto mundo do Breath of the Wild no Wii U, mesmo com as limitações que tais aparelhos tinham quando comparado aos seus irmãos mais novos.

Da mesma forma, eu poderei conviver com a ideia de que não terei o melhor The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 se o experimentar no Switch. A única coisa que a Nintendo não pode fazer é cancelar o lançamento do jogo para o videogame e como estamos falando de uma base instalada de mais de 103 milhões de unidades, acredito que eles não ignorarão tanta gente.

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