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God of War: Ragnarök encerrará saga pela mitologia nórdica

Após revelar que o God of War: Ragnarök será o último jogo ambientado na mitologia nórdica, diretor explicou porque eles partirão para outras culturas

2 anos e meio atrás

Depois de destruir o panteão grego e fracassar em sua busca pela paz nas geladas terras da Escandinávia, o Fantasma de Esparta está quase pronto para voltar a enfrentar algumas figuras famosas da mitologia nórdica. Porém, para aqueles que estavam torcendo para que o God of War: Ragnarök fosse apenas o segundo capítulo de uma trilogia, as notícias não são muito boas.

God of War: Ragnarök

Crédito: Divulgação/Santa Monica Studio

Após revelar alguns detalhes sobre o título durante um evento realizado pela Sony, o pessoal do Santa Monica Studio fez questão de deixar claro que ele seria o desfecho deste arco da série, o que não agradou quem gostaria de conhecer mais daquela cultura.

Um dos motivos para esta expectativa é que se contarmos o God of War: Betrayal, que foi lançado apenas para celulares, ao todo sete jogos exploraram a mitologia grega e por isso os fãs ficaram curiosos para saber o que levou o estúdio a “desistir” tão cedo de Odin, Thor e cia.

Pois ao conversar com o canal Kaptain Kuba, Cory Barlog deu o que considero uma boa justificativa para eles já estarem mirando em outra ambientação. Diretor do jogo anterior e participando como diretor de criação no Ragnarök, ele disse que como o primeiro capítulo levou cinco anos para ser feito e a continuação levará quase o mesmo tempo, fazer um terceiro faria com que a trilogia provavelmente se estendesse por cerca de 15 anos.

[...] considerando onde a equipe estava e onde o [diretor] Eric Williams estava em relação ao que ele queria fazer, eu pensei, acho que na verdade podemos terminar isso na segunda história.

Porque muito do que estávamos tentando fazer desde o início era contar algo sobre o Kratos e o Atreus, que o núcleo do motor da história é realmente o relacionamento entre esses dois personagens e a complexidade irradia como ondas em um lago. E poderíamos fazer disso um oceano, fazendo essas ondas percorrerem milhares de milhas, mas isso é necessário e benéfico, ou estaríamos apenas esticando demais, com as ondas se espalhando muito e meio que perderíamos um pouco o enredo?

Para reforçar sua opinião, Barlog citou a experiência que teve quando ganhou o box com as versões estendidas de O Senhor os Anéis. Foi ali que o agem designer teve a oportunidade de ver todos os filmes, um atrás do outro. Para ele, seria legal as pessoas conhecerem toda a saga de Kratos e seu filho sem ter que esperar tantos anos até que um terceiro God of War fosse lançado.

A meu ver, isso mostra o quanto o Santa Monica Studio amadureceu desde os primeiros capítulos da franquia, já que os últimos jogos antes daquele lançado em 2018 já mostravam sinal de cansaço, passando a impressão de que a marca havia se tornado um mero caça-níqueis.

Esta evolução também pôde ser vista no enredo do mais recente God of War e principalmente, na construção do Fantasma de Esparta. De uma simples máquina de matar que parecia sentir prazer em destruir tudo o que via pela frente a um sujeito que passou a lidar com as dificuldades da paternidade e o medo de garantir que o filho não seguisse seu caminho, Kratos se tornou um personagem muito mais profundo e interessante.

E para esta continuação, quem deverá chamar a atenção pelo seu amadurecimento é o jovem Atreus, conforme explicou a gerente de comunidade da desenvolvedora, Grace Orlady.

Atreus está desesperadamente curioso. Como a maioria dos jovens, ele quer entender quem ele é mais do que tudo. Neste caso, ele deseja entender quem ele poderia ser. O mistério do papel de Loki no conflito que está por vir é algo que Atreus não pode ignorar. Ele quer manter sua família a salvo, mas Atreus também não deseja ficar parado e fazer nada enquanto o conflito consome os Nove Reinos.

Voltando à decisão de terminar esta parte da saga no God of War: Ragnarök, a dúvida que fica é em relação ao que será feito a seguir. Será que o Kratos partirá para destruir os deuses de outras culturas e neste caso, para onde ele irá? Ou será que o personagem finalmente encontrará o descanso e sucumbirá diante de um dos deuses nórdicos?

De qualquer forma, fico imaginando que não deverá ser apenas os fãs que se beneficiarão desta opção por encurtar a estadia da série na Escandinávia. Da parte dos desenvolvedores, deve ser um grande alívio não precisar dedicar tanto tempo a apenas um universo e por mais que boa parte dos profissionais envolvidos não participariam dos três projetos, o estúdio necessariamente precisaria conviver com o tema durante muito tempo.

Essa falta de variedade é um problema que costuma atormentar desenvolvedores que se dedicam a um mesmo projeto por muitos anos e por mais que no caso desta nova etapa do God of War estivéssemos falando de três jogos, ainda assim seriam propostas consideravelmente parecidas entre si. Uma maneira fácil de perceber isso é o próprio trailer do novo jogo, onde podemos notar muitas semelhanças com o seu antecessor.

Fonte: NME

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