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COVID-19 — até os lucros da Apple subiram durante pico da pandemia

Contrariando estimativas sobre impacto da COVID-19, as receitas da Apple cresceram, segundo o relatório financeiro do Q3 FY 2020 (findo em jun 20).

4 anos atrás

Mantendo o cronograma, a Apple acaba de apresentar o relatório financeiro do terceiro trimestre fiscal de 2020 (Q3 FY 2020), período que correspondeu ao segundo trimestre civil do presente ano, abrangendo os meses de abril a junho. Foi basicamente o período de pico da pandemia da COVID-19 em diversos países.

Vamos aos números:

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Tim Cook anunciando curso gratuito (crédito: Analytics India Magazine)

RELATÓRIO FINANCEIRO DA APPLE
Período → Q3 FY 2019
(abril a junho de 2019)
Q3 FY 2020
(abril a junho de 2020)
Diferença
Receita US$ 53,81 bilhões US$ 59,68 bilhões + 10,92%
Lucro US$ 10,04 bilhões US$ 11,25 bilhões + 12,04%

Mesmo mantendo fechadas várias de suas lojas físicas nos Estados Unidos (ainda seu maior mercado em termos de arrecadação) por causa da COVID-19, a Maçã de Cupertino manteve o cronograma divulgando hoje (30/07) os principais dados financeiros nos três meses terminados em 27 de junho de 2020. O tio Laguna se pergunta quando vão corrigir os dias ausentes para coincidir com o trimestre civil (eu sei).

De qualquer forma, é impressionante ver que a Apple arrecadou uma média diária de US$ 655,88 milhões nas 13 semanas que compõem o período divulgado. Foi uma arrecadação um pouco maior que a do trimestre anterior e representa um aumento de receita bem significativo em relação ao período equivalente de 2019. Vejamos quanto cada produto arrecadou:

SUMÁRIO DE RECEITAS DA APPLE
Período → Receita
Q3 FY 2019
Receita
Q3 FY 2020
diferença
em relação a
Q3 FY 2019
iPhone US$ 25,99 bilhões US$ 26,42 bilhões + 1,66%
Mac US$ 5,82 bilhões US$ 7,08 bilhões + 21,63%
iPad US$ 5 bilhões US$ 6,58 bilhões + 31,04%
vestíveis e acessórios US$ 5,53 bilhões US$ 6,45 bilhões + 16,74%
assinaturas US$ 11,46 bilhões US$ 13,16 bilhões + 14,85%
TOTAL: US$ 53,81 bilhões US$ 59,68 bilhões + 10,92%

Eram estimados números não tão animadores. Aparentemente graças ao pico da pandemia de COVID-19 o povo preferiu… ir comprar seu novo iPhone XR, 11 ou SE, especialmente online. Provavelmente com a desculpa do “fim do mundo” para estocar em casa novos smartphones. Como a Apple encomendou menos OLED à Samsung, então a terrível pandemia afetou mais as vendas dos modelos mais caros.

Segundo o próprio Tim Cook, a COVID-19 teria afetado mais as vendas dos smartphones da Apple do que as dos outros aparelhos produzidos pela empresa. Computadores, tablets com o logo da Maçã?

Na pandemia o povo civilizado foi mesmo encomendar novos Macs e MacBooks, assim como iPads: a arrecadação dos tablets foi a que mais cresceu em relação ao Q3 FY 2019, alta de 30%. Cada vez mais caros aqui na barbárie, acessórios vestíveis como os AirPods e Apple Watch fizeram bonito na receita da Maçã de Cupertino. As assinaturas dos Serviços (Apple Music, Apple Pay, iCloud e afins) se mantiveram estáveis em relação ao trimestre anterior, mas em relação ao Q3 FY 2019 tiveram belo crescimento.

Infelizmente a Apple não divulga mais dados de vendas unitárias de seus produtos. E nem precisa, afinal a empresa vale por volta do US$ 1,7 trilhão hoje e pretende inclusive fazer split 1:4 das ações, dividindo cada uma atual em 4 novas, pois elas se valorizaram tanto que o povo lá na civilização prefere mantê-las na carteira para receber os belos dividendos.

Fonte: 9 to 5 Mac.

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