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Escorado na história, Assassin's Creed Valhalla nos levará à era Viking

Focado na história, mas ainda abordando elementos da mitologia nórdica, Assassin's Creed Valhalla explorará um dos períodos mais fascinantes da humanidade

4 anos atrás

Esta semana a Ubisoft finalmente acabou com o mistério e confirmou que o próximo capítulo da sua principal franquia irá mesmo visitar um dos períodos mais fascinantes da nossa história. Com o nome de Assassin's Creed Valhalla, o jogo explorará a mitologia nórdica, mas aqueles que buscam um enredo mais voltado para o realismo deverão ficar contentes.

Assassin's Creed Valhalla

Nos colocando no controle de Eivor, personagem que poderá ser tanto masculino quanto feminino, em Assassin's Creed Valhalla seremos o líder de um grupo de vikings no final do século IX d.C., num período que por se passar logo após a queda do Império Romano, ficou conhecido como a “Idade das Trevas”. Foi nessa época em que as tribos nórdicas começaram a deixar a Escandinávia e acabaram chegando na Ânglia Oriental, região no leste da Inglaterra e onde os invasores passaram a ser conhecidos como o Grande Exército Pagão.

E será lá que estabeleceremos o nosso novo lar, um assentamento para onde poderemos retornar para calcular os próximos passos, liberar novas missões que darão continuidade ao enredo ou realizarmos alianças com outros clãs. Funcionará como um HUB para o jogo, com o local se desenvolvendo com o tempo e de acordo com as nossas ações. De certa forma, podemos comparar a o que tínhamos em Homestead, no Assassin’s Creed III.

Contudo, não há como falar sobre cultura nórdica e não lembrar dos deuses que eram adorados e temidos por aqueles povos. Isso também inevitavelmente nos faz lembrar da maneira como o último God of War abordou o tema, mas de acordo com o diretor de narrativa Darby McDevitt, a comparação é algo que não tem lhes preocupado.

Eu não diria que estamos preocupados, porque a maioria dos jogos, quando tocam neste tópico, na verdade se debruçam muito na mitologia. Então este é um recurso que está na sua frente — você joga o God of War para socar a cara de Baldur, encontrando todos aqueles personagens e viajando para ambientes fantásticos.

Pouquíssimos jogos tratam a experiência nórdica dos Vikings de maneira fundamentada historicamente. Penso que o desejo é de imediatamente sempre seguir para coisas da mitologia, mas nós realmente queremos que você sinta como se estivesse vivendo na Idade das Trevas da Inglaterra, que está explorando as ruínas romanas deixadas para trás pelos romanos, há 400 a 500 anos antes, e pelos remanescentes das tribos britânicas e até pelos pagãos saxões antes de todos serem convertidos ao cristianismo.

A ideia é fazer com que o título deixe nas mãos do jogador a interpretação sobre a existência dos deuses, algo mais próximo do que vimos no Assassin's Creed Origins do que no Odyssey. Segundo McDevitt, quando jogarmos o Assassin's Creed Valhalla será possível sentir como se o personagem pudesse ver Odin, mas o título não fará uma abordagem tão literal quanto a que tínhamos no capitulo passado na Grécia, onde podíamos enfrentar criaturas como o Minotauro ou a Medusa e encontrar Poseidon ou Hades.

Por falar em narrativa, o diretor afirmou que a maneira como a história do jogo será contada está sendo feita com uma estrutura que ele nunca viu ser adotada por um jogo. Ele não entrou em detalhes sobre o assunto, mas disse que “não acha que as pessoas tenham experimentado uma história desta maneira — como a apresentamos a você, como você a consome — é algo muito único.

Assassin's Creed Valhalla

O corvo, os navios e os elementos de RPG

Assim como nos jogos anteriores da série, em Assassin's Creed Valhalla também teremos a companhia de uma ave que nos ajudará a identificar inimigos e traçar estratégias, porém, aqui ele será um corvo. O animal é uma referência aos pássaros que Odin carregava consigo, Huginn e Muninn, aves que passavam o tempo voando sobre Midgard e eram responsáveis por levar informações ao deus.

Outro aspecto que também estará presente no jogo são as explorações navais, algo pelo qual os Vikings ficaram famosos. Porém, aqueles que gostavam das batalhas entre navios existentes nos títulos anteriores ficarão um pouco decepcionados, já que elas não estarão presentes desta vez.

O motivo para esta ausência é que, de acordo com o produtor Julien Laferrière, esse tipo de combate não existia na Era Viking. Portanto, em nome da precisão histórica a equipe responsável pelo jogo optou por remover uma característica que era tão adorada e na minha opinião, eles tomaram a decisão correta.

Também já sabemos que o novo jogo manterá os elementos de RPGs adotados pelos seus antecessores, mas não da maneira como foi feita antes. Dessa vez, ao invés de termos um sistema de progressão baseado em níveis, onde certos itens só poderiam ser utilizados após atingirmos um determinado nível ou inimigos que poderiam ser mais ou menos fortes, teremos a priorização da força.

Desta forma, o que determinará o nosso poder de ataque serão as habilidades que já desbloqueamos e os equipamentos que estivermos utilizando. Conforme explicou o diretor criativo Ashraf Ismail, a ideia é passar uma maior “sensação de poder e não de níveis”, mas que ainda assim teremos números atribuídos a este “valor de poder”. No fundo não sei se fará muita diferença, mas como gosto do sistema adotado pelo Origins e pelo Odyssey, só espero que não façam besteira.

Assassin's Creed Valhalla

Quando e onde

Com previsão de lançamento para o fim de 2020, Assassin's Creed Valhalla terá versões para PC (via Epic Games Store), Google Stadia, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X. No caso dos consoles da Microsoft, vale dizer que quem adquirir a versão para o One terá direito a um upgrade gratuito para o seu sucessor.

Já em relação a vermos o jogo em ação, na próxima quinta-feira (7) a Microsoft fará uma transmissão online para falar sobre o seu novo videogame e nesta ocasião o Valhalla será mostrado rodando em todo o seu esplendor no Xbox Series X. Aguardem!

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