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Placa de Vídeo GeForce RTX 2060 — Review

Servindo como porta de entrada para o mundo do Ray Tracing e do DLSS, saiba porque a GeForce RTX 2060 é uma ótima opção de custo x benefício.

5 anos atrás

Nos últimos meses poucas coisas tem sido mais comemorada no mundo dos games do que a chegada do Ray Tracing. Considerado o Santo Graal da indústria (mais para frente explicarei melhor), essa técnica tem tudo para num futuro não muito distante se tornar padrão, garantindo assim gráficos mais realistas e por isso ter uma placa de vídeo capaz de reproduzir o efeito virou o sonho de consumo de muita gente.

RTX 2060

Como qualquer apaixonado por jogos eletrônicos, eu também era uma que vinha babando nos vídeos demonstrando esse efeito de iluminação e qual foi a minha surpresa (e extrema alegria) quando recebi uma mensagem da divisão brasileira da Nvidia onde eles diziam que me mandariam uma dessas placas para testes.

Eis que após alguns dias experimentando o novo brinquedo, aqui vai a minha opinião sobre a RTX 2060, além de alguns testes que realizei com ela.

Especificações Técnicas

O modelo que recebi foi uma RTX 2060 Windforce OC 6G, da Gigabyte e a primeira coisa a chamar a minha atenção ao abrir a caixa foi o acabamento da placa. Apesar de discreto, o design todo preto faz com que a VGA seja muito bonita e particularmente gostei bastante da capa plástica localizada na parte de trás, que além de contribuir para a estética, também serve para dar uma maior sustentação e proteção à estrutura.

Contando com duas ventoinhas de 10mm, um dos destaques desta placa é um sistema patenteado da Gigabyte que faz com que elas girem em sentidos opostos. De acordo com a fabricante, isso permite que a refrigeração aconteça de maneira mais eficaz, além de reduzir o tradicional barulho gerado pelos ventiladores. De fato, até agora não tenho ouvido o sistema trabalhar, mas só saberei com o passar do tempo se ele é tão eficiente quanto prometem.

Mas passando para a ficha técnica, ela é a seguinte:

Processador Gráfico - GeForce RTX 2060
Clock - 1770 MHz
RTX-OPS - 38
Núcleos CUDA - 1920
Clock da memória - 14000 MHz
Tamanho da Memória - 6 GB
Tipo de Memória - GDDR6
Interface - 192 bit
Largura de Banda (GB/sec) - 336 GB/s
Barramento - PCI-E 3.0 x 16
Resolução Máxima - 7680x4320 @ 60Hz
Tamanho da Placa - L=264,9 C=120,58 A=40,41 mm
DirectX - 12
OpenGL - 4.5
PSU Recomendada - 500W
Saída - DisplayPort 1.4 x3 e HDMI 2.0b x1

O Ray Tracing e o DLSS

Apontado como uma das maiores revoluções gráficas dos últimos anos para os games, o Ray Tracing é uma técnica de renderização que cria imagens em três dimensões ao calcular como os raios de luz atingem várias superfícies. Ao substituir a maneira como a luz se comportava nos jogos antigamente, o objetivo aqui é tornar tudo mais real, mas para atingir tal objetivo é preciso um alto poder de processamento.

Por isso até recentemente o Ray Tracing era exclusividade dos filmes ou animações para cinema, já que nele as imagens não precisavam ser geradas em tempo real. Mesmo assim os estúdios utilizavam dezenas, centenas de computadores para atingir esse objetivo, enquanto os jogadores sonhavam com o dia em que teriam algo assim nos games.

Pois o sonho finalmente se tornou realidade com a chegada do DirectX Raytracing, uma tecnologia disponível para qualquer placa compatível com DirectX 12, mas que devido a anos de desenvolvimento por parte da Nvidia, passou a ser integrada na linha RTX da empresa. Com isso não apenas o maior poder poder de processamento das GPUs da linha RTX possibilita a utilização da técnica em jogos, mas também a utilização de inteligência artificial para entregar o melhor resultado possível.

Pois é aí que entra o DLSS, acrônimo para Deep Learning Super Sampling, ou seja, uma técnica que utiliza deep learning e inteligência artificial para fazer com que a placa de vídeo renderize imagens mais nítida sem perder desempenho. Na verdade, ao habilitar esse recurso, em muitos casos teremos um desempenho superior a rodar o jogo sem ele, permitindo assim que o Ray Tracing seja utilizado sem termos sacrifício na taxa de frames por segundo.

Algumas pessoas não gostam muito do resultado, afirmando que as imagens ficam lavadas ou borradas e por isso o DLSS costuma ser algo bastante polêmico. Mas independentemente do gosto pessoal, o fato é que a tecnologia cumpre o prometido, fazendo com que os jogos suportado alcancem uma taxa de FPS bem mais alta.

Os testes com Ray Tracing em tempo real

Mas e como esta RTX 2060 Windforce OC 6G se comporta rodando jogos com Ray Tracing? Para responder esta pergunta eu resolvi fazer dois testes, um com o Quake II RTX (que pode ser baixado aqui) e outro com o Metro Exodus.

Começando pelo clássico FPS, esta versão foi desenvolvida através de uma parceria com a Nvidia e serve muito bem para mostrar como o novo sistema de iluminação pode mudar um jogo. Com a luz emitida pelos tiros e explosões iluminando o ambiente em tempo real, a sensação é de estarmos vendo (e jogando) algo muito mais moderno do que um jogo lançado há mais de duas década.

Abaixo você confere alguns minutos dele rodando na minha máquina e embora a placa nunca tenha conseguido atingir os tão sonhados 60 FPS, acho que o desempenho foi muito bom.

Já em relação ao Metro Exodus, aqui vale uma observação. Como a versão utilizada no teste foi aquela presente na Windows Store, infelizmente eu não consegui fazer tudo o que queria. Primeiro que ela não possui a ferramenta de benchmark presente na cópia distribuída pela Epic Games Store. Outro problema é que como o jogo não possui um contador de FPS nativo e a captura feita com o Shadowplay não registra esse dado, não pude mostrar em números como o jogo estava se saindo.

Para piorar, todos os outros programas que poderiam mostrar o FPS (como o PlayClaw ou o Afterburner) acabavam travando o jogo e depois de inúmeras tentativas, resolvi que era melhor fazer a captura sem esta informação do que não mostrar nada. Mesmo assim acredito ser possível ver que a RTX 2060 se saiu muito bem, com algumas quedas bruscas de frame podendo ser notadas em algumas partes, mas com ela quase sempre se mantendo acima de 50 FPS.

É importante dizer que durante todo o processo o DLSS estava ligado e isso com certeza fez com que o Ray Tracing não comprometesse o desempenho. Confira:

Benchmark

Resolvi então fazer alguns comparativos com a minha antiga placa, uma GeForce GTX 970 e para isso utilizei algumas ferramentas de benchmark, principalmente as inclusas em jogos.

A máquina utilizada nos testes foi um i7-3770 CPU @ 3.40GHz, com 16 GB DDR3 e para começar, veja o que obtive com o Heaven, da Unigine. Repare como a pontuação geral teve um acréscimo de quase 2.000 pontos e como o FPS médio saltou de 108 para 186!

 

Passando então para o primeiro jogo testado, o Batman Arkham Knight, o FPS máximo subiu de 109 para 1042. Curiosamente o mínimo ficou inferior na RTX 2060, mas nada muito gritante.

Também testei as duas placas com a ferramenta do Final Fantasy XV e embora ela não mostre os FPSs, podemos ver que a pontuação foi bem maior com a RTX 2060. Destaque para a performance ter mudado de Standard para High.

Outro jogo em que o ganho de desempenho foi bastante considerável é o For Honor. Pelas imagens abaixo você pode ver que se antes havia uma área em que o FPS mínimo estava numa zona preocupante, agora em todas ele ficou acima de 60. Considerando apenas os números, com a RTX 2060 eu obtive um desempenho quase duas vezes superior ao da GTX 970.

Eu também aproveitei o Gears of War 4 para ver como a nova placa se saia e aqui vale destacar a fantástica ferramenta de benchmark do jogo. Repleta de detalhes, ela ainda altera as configurações do título automaticamente e mesmo com tudo no Ultra quando utilizei a RTX 2060, o ganho de performance foi impressionante.

Por fim, eu quis ver como seria a comparação usando o Company of Heroes 2 e aqui não posso dizer que houve diferença. Eu não sei porque isso aconteceu, se ele se escora mais sobre o processador por ser um jogo de estratégia em tempo real, mas a verdade é que com este teste mal dá pra dizer qual a placa mais nova.

Portanto, exceto pelo último título citado, a conclusão a que cheguei é que o salto de qualidade da GTX 970 para a RTX 2060 é bem grande e se você ainda possui uma placa de vídeo mais antiga, considerar a aquisição deste modelo é uma boa ideia devido ao desempenho que podemos alcançar e o custo bem inferior se comparada aos modelos mais fortes da linha RTX.

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