Ronaldo Gogoni 4 anos atrás
A Samsung anunciou nesta quinta-feira (18) que está pronta para alcançar a concorrência: a empresa completou todo o processo de desenvolvimento de uma nova tecnologia de litografia, que permitirá a produção de processadores para dispositivos móveis de sete nanômetros.
A companhia sul-coreana afirmava há tempos ser capaz de produzir chips em litografias menores que seus concorrentes, mas no fim das contas ela ficou para trás: a concorrente direta TSMC foi a primeira a apresentar um chip de sete nanômetros com o Apple A12 Bionic, o processador que equipa os iPhones XS, XS Max e XR; na sequência, foi a vez da Huawei deixar a Samsung para trás com o Kirin 980, o primeiro disponível para Androids e presente no Mate 20 e Mate 20 Pro, seus próprios dispositivos.
Enquanto testes preliminares apontam que o Kirin 980 não chega nem perto do Apple A12 Bionic (e ficaria atrás até mesmo do A11), a Samsung aposta em uma novo processo que não só permite atochar mais transístores no mesmo espaço físico, mas que aumente a fidelidade no momento da padronização dos chips. Chamado 7NPP (Low Power Plus), ele combina a litografia de sete nanômetros com um método de ultravioleta extrema (EUV) no lugar do tradicional, chamado ArFi, reduzindo o número de máscaras em até 20% na produção de um chipset.
Isso significa uma reprodução mais fiel, garantindo segundo a Samsung um aumento de 20% na performance geral dos processadores e redução de até 50% no consumo de energia.
Segundo a Samsung, os novos processadores desenvolvidos no processo 7LPP serão bastante versáteis e prontos para uma grande quantidade de aplicações, como 5G, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, sistemas automotivos, automação, servidores e computação de alto desempenho em geral e obviamente, para smartphones e tablets. A empresa diz que deverá expandir a capacidade de produção dos novos chips até 2020, portanto não há garantias de que devamos ver os primeiros produtos com a nova tecnologia tão logo.
A Samsung, claro aproveitou para contar vantagem: a companhia diz que o processo 7LPP é eficiente o bastante para permitir o início dos trabalhos com o processo de litografia de três nanômetros, mas dado que a empresa se atrapalhou para cumprir suas próprias promessas e acabou ficando para trás na corrida atual, ainda é bastante cedo para dizer que estamos chegando tão longe.
Com informações: Samsung.