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Google traz novidades: Pixel 3, Pixel Slate, novo Chromecast e mais

Google atualiza linhas Pixel e Chromecast e lança tablet híbrido que roda Chrome OS e Google Home com tela; Smart Compose do Gamil aprende português.

5 anos atrás

O Google realizou nesta terça-feira (09) seu evento anual para renovar sua linha de dispositivos: as estrelas foram os smartphones Pixel 3 e Pixel 3 XL, que chegam com hardware atualizado, melhores câmeras e design quase sem bordas.

Junto com eles vieram também o Google Pixel Slate, um tablet híbrido que roda Chrome OS, o Google Home Hub, um display inteligente para a sua casa e a terceira geração do Chromecast, que recebeu atualizações mínimas.

Vamos dar uma olhada nas novidades:

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Google Pixel 3 e Pixel 3 XL

O Google foi tão incipiente em controlar os vazamentos de seus novos smartphones que o VP Sênior de Hardware Rick Osterloh não fez drama, e demonstrou todos os dispositivos logo de cara. Claro, os detalhes (que todo mundo já conhecia) foram dados depois, mas foi uma forma que "quebrar o gelo" e evitar passar vergonha, fingindo que ele não havia vazado.

A principal diferença em relação à linha Pixel 2 é o tamanho da tela: graças ao design quase sem bordas (sim, o notch está lá) elas saltaram de 5 polegadas para 5,5" no Pixel 3, e de 6" para 6,3" no Pixel 3 XL, mas sem aumentarem de tamanho. Nossos bolsos e bolsas agradecem.

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Ambos possuem displays OLED de proporção 18:9, sendo que no Pixel 3 ele conta com resolução de 2.160 x 1.080 pixels (443 ppi); o Pixel 3 XL, por sua vez conta com 2.960 x 1.440 pixels e por causa disso, oferece uma densidade de pixels por polegada bem maior: 523 ppi.

O Google insiste na decisão de usar apenas uma câmera na parte traseira: ela conta com com 12,2 megapixels, abertura f/1,8, estabilizador óptico de imagem, autofoco com detecção de fase e Flash LED Dual-Pixel, além de ser capaz de filmar em 4K a 30 frames por segundo, em 1080p a 120 fps ou em 720p a 240 fps. O conjunto frontal possui duas câmeras de 8 MP, sendo uma com abertura f/1,8 e outra com f/2,2. A princípio nada demais, mas é nos recursos extras de IA que a linha Pixel se destaca.

O primeiro deles se chama Top Shot: o sistema captura várias fotos antes e depois do usuário fazer o clique, para dessa forma oferecer a melhor foto. É um recurso que já foi visto aqui e ali, criado para evitar fotos em que pessoas piscam ou que o momento perfeito foi perdido, pois nem tudo se resolve com um "volta, vamos tirar outra que a primeira ficou ruim".

Já o Super Res Zoom combina várias fotos para entregar um efeito de zoom, mesmo sem possuir uma lente própria e para evitar distorções comuns do zoom digital. Por fim, o Modo Retrato agora conta com ajustes finos de foco do fundo, seleção de cores e etc.

Por dentro temos o Snapdragon 845 da Qualcomm, octa-core Kryo 385 com quatro núcleos Gold de 2,5 GHz, quatro Silver de 1,6 GHz e GPU Adreno 630, 4 GB de RAM, 64 ou 128 GB de espaço interno não expansível e baterias de 2.915 e 3.430 mAh. No controle, o Android 9 Pie como esperado.

A pré-venda começou nesta terça-feira (09) e os compradores ganharão seis meses de YouTube Music Premium de graça. Os preços sugeridos são de US$ 799 (64 GB) e US$ 899 (128 GB) para o Pixel 3, e de US$ 899 (64 GB) e US$ 999 (128 GB) para o Pixel 3 XL. Como o Google nunca trouxe a linha Pixel para o Brasil, as chances de que os novos smartphones cheguem por aqui tendem a zero.

Google Pixel Slate e acessórios

Em 2017 o Google deu a entender que o futuro dos tablets seria o Chrome OS, e não mais o Android. Ainda que a Acer tenha passado na sua frente, ela agora apresenta um dispositivo híbrido para ser usado tanto como gadget de produção quanto de consumo de conteúdo, rodando um SO para desktop que funciona muito bem em dispositivos móveis.

Pixel Slate tem um display LCD LTPS de 12,3 polegadas com resolução 3.000 x 2.000 pixels, o que oferece uma densidade de pixels de 293 ppi, mais alta do que a do Surface Pro 6 (267 ppi) ou do iPad Pro de 12,9″ (264 ppi).

A tecnologia customizada da tela é chamada de “Molecular Display”, que segundo a empresa "permite que os elétrons se movam 100 vezes mais rápido", iluminando mais pixels e entregando uma imagem mais nítida. Para o som, dois alto-falantes frontais com perfis customizáveis. Na parte da segurança, o botão Liga/Desliga é também um leitor de digitais e há um chip dedicado Titan Security, que armazena suas senhas.

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Se por um lado o Google caprichou na tela, ela economizou no hardware interno: o processador é um mero Intel Celeron Core m3 ou Core m5 de 8ª geração, compensado com 4, 8 ou 16 GB de RAM. Para salvar seus arquivos, de 32 a 256 GB de espaço interno não expansível.

O Chrome OS foi modificado para se adequar a uma nova realidade híbrida: o dispositivo traz uma interface totalmente redesenhada para uso com toque: a barra inferior oferece atalhos e há um botão voltar, herança do Android. Na parte de cima, o Google oferece sugestões baseadas em seus costumes e é possível fechar um app deslizando o dedo para cima, ou colocar dois em split screen.

Com o teclado conectado, o Pixel Slate oferece a experiência de desktop completa, mas em ambos os casos é possível rodar apps do Android e do Linux, tornando-o uma ferramenta bastante versátil para trabalho e lazer. E a Google Assistente, agora profundamente integrado ajuda bastante.

As câmeras também receberam um maior cuidado: a traseira conta com 8 MP e Modo Retrato, enquanto a selfie possui também 8 MP, lente Grande Angular e sensor com pixels maiores, para fotos em grupo de maior qualidade. Nem todo mundo usa um tablet para tirar fotos, mas se alguém fizer fazê-lo, o fará com qualidade aqui.

Os acessórios oficiais também são bem legais: o Pixel Slate Keyboard é um teclado retroiluminado com trackpad, com teclas grandes e que oferece uma digitação bastante silenciosa, além de vir com um suporte ajustável em absolutamente qualquer posição. Quando fechado, o acessório se converte numa bela capa que protege todo o tablet.

Já a nova Pixelbook Pen, desenvolvida especificamente para o novo gadget vem com um botão, que quando acionado marca um elemento na tela (um texto, uma imagem, etc.) para que a Google Assistente o identifique. Se for uma data, ela sugere a inclusão na Agenda.

Desenvolvida com tecnologia da sempre confiável Wacom, a nova stylus tem zero lag e pode ser utilizada em vários ângulos de inclinação.

O Pixel Slate chega até o fim do ano nos Estados Unidos, e será vendido com preços entre US$ 599 e US$ 1.699; já o Pixel Slate Keyboard possui preço sugerido de US$ 199 e a nova Pixelbook Pen, de US$ 99. Novamente, não espere por um lançamento no Brasil.

Google Home Hub

A família Google Home ganhou mais um membro: a empresa se preparava há algum tempo para apresentar um dispositivo com tela, rodando a Google Assistente para o conforto do lar, especificamente para concorrer com o Amazon Echo Show e o Facebook Portal.

Ele possui um display de 7 polegadas e um poderoso alto-falante, além de sensores e microfones para atender as solicitações do usuário.

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Diferente de um tablet (a comparação é inevitável) o Google Home Hub não possui câmera, segundo a empresa isso foi necessário de modo a oferecer um dispositivo doméstico seguro e que não iniba os usuários, que não saberão se ele está ou não vendo tudo. O ponto negativo é que ele não serve para chamadas de vídeo, mas a intenção nem foi essa.

Assim, ele pode ser utilizado em vários ambientes e como seus sensores de luminosidade ajustam o brilho automaticamente, ele pode inclusive ser colocado do lado de sua cama.

A Google Assistente foi repensada para funcionar com um Google Home dotado de com tela. De forma similar ao que já acontece nos smartphones, ao ser solicitada uma informação ela exibe detalhes minuciosos e assim como produtos de outras marcas que já rodam Android, você pode pedir para exibir uma playlist do YouTube, dar direções com o Mapas ou explicar uma receita passo a passo.

Além de recursos comuns como reconhecimento de voz de vários usuários e controles parentais, a adição de uma tela permite que ele de fato seja um hub doméstico: o Google o desenvolveu para ser o centro de controle de todos os seus dispositivos conectados, o que com um display para exibir informações fica muito mais simples.

O Google Home Hub chega às lojas dos Estados Unidos no dia 22 de outubro, pelo preço sugerido de US$ 149. Brasil? Necas.

Chromecast de 3ª geração

Um dos acessórios de maior sucesso do Google foi silenciosamente atualizado, mas não havia muito o que acrescentar de qualquer forma: o Chromecast de 3ª Geração recebeu um novo design, uma nova opção de cor (branco) e compatibilidade com redes Wi-Fi 802.11ac de 5 GHz.

Não, só isso mesmo.

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Com cinco anos de idade e tendo vendido muito, é curioso ver que o Google quase não faz esforço para melhorar o Chromecast, talvez porque não haja muito o que ser melhorado. A versão Ultra, que reproduz conteúdo em 4K foi silenciosamente ignorada, talvez porque nem todo mundo possui redes velozes o bastante para suportar streaming em 2160p. E também por ser mais caro, saindo por US$ 69.

Já a terceira encarnação do Chromecast básico continuará custando US$ 35; como a versão Ultra nunca foi oficialmente lançada no Brasil, há a possibilidade que este novo modelo também não seja e o brasileiro continue tendo que se virar com o modelo de segunda geração, que custa entre R$ 199 e R$ 299 na rede varejista.

Smart Compose em português

Na parte de notícias relacionadas, o Google começou a atualizar o Smart Compose, aquele recurso do Gmail que completa as suas frases baseado em seus hábitos e dados pessoais. Ele agora é compatível com quatro novos idiomas, sendo espanhol, italiano, francês e para nossa alegria, português brasileiro.

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Utilizando recursos de IA, o Smart Compose é capaz de identificar o que você pretende escrever e sugere completar a frase, de modo a economizar tempo na hora de compor uma mensagem. Elas aparecem em cinza, e o usuário só precisa apertar a tecla Tab para acatar a recomendação. Com o tempo, o software aprende a oferecer sugestões mais coerentes e úteis e dispensa as menos utilizadas, ou as que não se encaixam na mensagem.

O Smart Compose se baseia principalmente em mensagens trocadas anteriormente entre os dois contatos, além de analisar o contexto; parece assustador, mas é uma ferramenta bem útil para quem escreve muitos e-mails por dia. Não por acaso a prioridade são usuários de desktop, não há planos do Google de libera-lo para Android ou iOS.

A previsão é que todos os usuários do Gmail tenham acesso ao Smart Compose, bem como usuários do G Suite: ela também será integrada ao Documentos e ao Google Drive.

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