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reCAPTCHA do Google evolui e não mais exigirá testes para separar humanos de bots

Google reCAPTCHA utiliza novos algoritmos de aprendizado de máquina e análise de risco para diferenciar humanos de bots, desta vez sem nenhum teste vísivel.

7 anos atrás

Por muitos anos o CAPTCHA foi um serviço razoavelmente confiável para separar usuários humanos de bots em serviços de login, mas com o tempo as máquinas evoluíram. O Google ajudou bastante o reCAPTCHA Team nesse processo e de forma gradual: no início, quando ele funcionava só com palavras o esforço dos usuários em reconhecê-las ajudou a digitalizar livros; depois, com os números de residências todos forneceram uma mãozinha para o Street View (que chegou a atingir 99,8% de precisão).

Posteriormente foi a vez de identificação de imagens, principalmente para ajudar o Google a aprimorar seus algoritmos de reconhecimento de elementos em imagens. No fim o Google lançou uma ferramenta mais aprimorada, um sistema que utiliza aprendizado de máquina e análise de risco que identifica tudo o que o visitante faz ante, durante e depois de clicar na caixinha.

A lógica é simples, um usuário humano possui um comportamento mais errático do que uma máquina e dessa forma, seria menos propenso a emitir falsos negativos. Ainda assim os bots conseguem de certa forma driblar o teste de Turing resumido (é exatamente esse o significado do nome, Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart) e passar.

Agora o Google juntou tudo o que aprendeu e apresentou uma versão ainda mais potente e desafiadora (para os bots) da ferramenta, que simplesmente não utiliza teste algum. Trata-se do Invisible reCAPTCHA.


Google Webmasters — reCAPTCHA: Tough on Bots, Easy on Humans

Por razões óbvias o Google não revela como o sistema funciona, mas infere-se que ele age da mesma maneira que o teste da caixa mas sem a caixa. Ao abrir um formulário, um site ou uma opção de login que utilize o Invisible reCAPTCHA ele tentará de cara identificar se você é um humano ou um robô, e caso não passe no teste o acesso é bloqueado de cara. Aos demais nada é preciso fazer, mas caso o algoritmo tenha alguma dúvida ele exibirá um desafio/teste.

O Google diz que o novo reCAPTCHA está preparado para as novas ameaças online, dando um forte indício que mesmo a última versão não era perfeito. Ao aprimorar os algoritmos e ocultar o método de avaliação, Mountain View e reCAPTCHA Team dão um passo além para dificultar ainda mais a vida de malandros e seus bots, e facilitar as coisas para os demais usuários. Afinal, nada mais chato do que digitar uma sentença longa ou identificar placas de trânsito em uma seleção de imagens.

Embora sempre hajam outras opções.

Fonte: Google.

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