Ronaldo Gogoni 7 anos e meio atrás
A Disney encontrou a fórmula certa para produzir bons e lucrativos filmes por tempo indeterminado, e uma das iniciativas em que eles estão se dando bem são nas produções live-action. Com o avanço e refinamento do CGI é possível agora contar histórias que em outros tempos apenas a animação tradicional dava conta, mas sem o fotorrealismo.
Depois da nova versão de Mogli: O Menino Lobo a casa do Mickey vai repetir a dose com O Rei Leão, e já escalou novamente Jon Favreau para a direção.
Pulando a parte da trama do filme original de 1994 que todo mundo conhece, a Disney provou nos anos recentes por A mais B que suas animações clássicas podem render boas histórias se filmadas com atores reais, desde que os efeitos visuais ajudem na composição. De Cinderella a Malévola (a melhor versão d'A Bela Adormecida de todas), passando pelos dois Alice no País nas Maravilhas e o não tão inspirado Oz: Mágico e Poderoso, a gente se convenceu de que é possível dar forma a histórias que 30 anos atrás só seriam possíveis com tinta e papel.
Ainda assim muita gente ficou com os dois pés atrás quando a Walt Disney Pictures anunciou a versão live-action de Mogli. Com uma infinidade de animais com expressões e trejeitos humanos (ainda que o leão Aslam na série Nárnia seja muito bom), o resultado final agradaria?
Bom, os números do Box Office Mojo falam por si: budget de US$ 175 milhões, bilheteria doméstica de US$ 364 milhões, global de quase US$ 1 bilhão. A direção de Favreau, que sabe conduzir uma boa história mesmo dramática com leveza e naturalidade (boa parte do sucesso da Marvel Studios é culpa dele, que dirigiu os dois primeiros filmes do Homem de Ferro) também contribui e muito.
Como em time que está ganhando não se mexe e a tecnologia provida pela MPC e WETA Digital (esta última também criou os efeitos de O Bom Gigante Amigo) foi aprovada, hora de dar o próximo passo e produzir um filme sem um humano sequer. O Rei Leão, um dos maiores clássicos recentes da Disney é perfeito para ocasião, já que o público se mostrou receptivo ao formato. Ele é dono de uma das maiores bilheterias do estúdio, com quase US$ 1 bilhão global e US$ 422 milhões domesticamente (isso 22 anos atrás era um estouro). Ele ganhou dois Oscar, de Melhor Trilha Sonora (Hans Zimmer estava extremamente inspirado) e Melhor Canção Original (Can You Feel the Love Tonight, de Elton John), rendeu um excelente musical na Broadway e vende merchandising até hoje. Logo, por que não?
Não há planos concretos para quando a versão live-action de O Rei Leão chegará aos cinemas, mas já sabemos que a trilha de Zimmer será utilizada novamente como a Disney fará em em 2017 na adaptação de A Bela e A Fera, com Emma Watson; a Walt Disney Pictures e Jon Favreau também estão trabalhando em uma continuação de Mogli, logo pode ser que não vejamos Simba, Mufasa, Timão, Pumba, Scar e cia. em suas versões realistas antes de 2018. Mas a espera valerá a pena.
Fonte: Disney.