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Resenha — Independence Day: O Ressurgimento

Confira o nosso review do filme Independence Day: O Ressurgimento, seqüência do ótimo filme-desastre de 1996. Vale a pipoca, mas não chega a superar o original.

8 anos atrás

O tio Laguna não teve a oportunidade de ver o Independence Day original no cinema: era o começo do segundo semestre letivo e digamos que não tinha ido bem nas notas no primeiro. O jeito foi esperar até sair o VHS maroto. No telão, o Independence Day deve ter sido um filmaço, mas no VHS me parecia um filme B chichêzão divertidíssimo. Divertido o suficiente para influenciar tantos outros filmes-desastres que vieram depois.

O filme de 1996 tinha efeitos especiais no estado da arte (na época), um orçamento de respeito, roteiro mastigadinho e um elenco razoavelmente memorável. Não à toa se pagou em casa e rendeu mais de 800 milhões de dólares em bilheteria. Uma Hollywood sem muitas ideias resolveu considerar uma continuação e 15 anos depois começaram com o projeto.

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Assim temos Independence Day: O Ressurgimento, lançado pela FOX exatamente 20 anos depois do lançamento do Independence Day original. E com alguns dos mesmos atores, além do mesmo diretor Roland Emmerich.


Fox Film do Brasil — Independence Day: O Ressurgimento | Terceiro Trailer Oficial | Legendado HD

O Ressurgimento

O enredo de Independence Day: O Ressurgimento é uma continuação bem direta de Independence Day, situada também 20 anos depois deste. Trata-se portanto de um mundo alternativo situado em 2016, onde o inimigo comum, a civilização alienígena que queria colonizar o planeta Terra, conseguiu unir todas as nações, erradicar a fome e miséria… tudo bonito.

Mais bonita ainda é a tecnologia alienígena que os militares saquearam: graças à engenharia reversa feita nas enormes naves derrubadas em 1996, a humanidade tem poder de fogo quase semelhante ao dos alienígenas e consegue explorar tanto a Lua quanto o Sistema Solar. Tudo isso em apenas 20 anos. Em teoria, a humanidade estava preparada para um novo ataque.

Infelizmente, para o azar dos humanos, o retorno dos aliens vem numa escala bem maior que em 1996.

Atenção: leves spoilers abaixo.

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Jeff Goldblum e Bill Pullman reprisam os mesmos papéis de ID4 em Independence Day: O Ressurgimento (crédito: Collider)

O mundo comemora os 20 anos da Guerra de 1996 com um grande evento norte-americano em plena Washington reconstruída, mas uma sonda alienígena suspeita surge na base Lunar. Apesar do protesto de David Levinson (Jeff Goldblum), a presidenta Hillary Clinton Lanford (Sela Ward) vota à favor do ataque.

O ex-presidente Whitmore (Bill Pullman) sempre foi atormentado pelas visões dos alienígenas voltando ao planeta. E o mesmo acontece com Dikembe Umbutu (Deobia Oparei), um chefe tribal congolês que chegou a enfrentar aliens em solo na Guerra de 1996. Aliás, seria mais interessante um filme sobre essa batalha africana contra os alienígenas mas divago.

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Voltando ao assunto, quando Jake Morrison (Liam Hemsworth) e seu amigo Charlie Ritter (Travis Tope) investigam a tal sonda alienígena abatida na Lua, aí sim vem a ameaça real à humanidade: uma nave-mãe maior que nosso satélite natural, vindo em direção à Terra. Quem disse que nossas defesas kibadas dos alienígenas dariam conta de uma trosobona dessas?

A sorte é que essa nave-mãe só quer o núcleo quente da Terra, então pousa calmamente sobre o Oceano Atlântico e, como uma plataforma de petróleo pré-sal, vai em busca de um de seus objetivos. O outro é pegar a bola Eve de Wall-E, basicamente A Esfera feita pela Apple alienígena do bem que estava na sonda abatida e agora está na Área 51.

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A Área 51, antes secreta, agora é o Quartel General de Defesa Espacial da Terra, com direito a prisioneiros de guerra alienígenas e um hospital militar, onde o Dr Brakish Okun (Brent Spiner) dormia por 20 anos, em coma. Com a aproximação da nave-mãe este acorda a tempo de defender a Esfera. Em vários sentidos.

Quem vai atrás da Esfera é ninguém menos que o Jaeger do mal pilotado pela rainha alienígena. Esta consegue o que quer, mas por algum motivo maluco e não-explicado persegue o ônibus pilotado pelo escritor Julius Levinson (Judd Hirsch).

Fim dos spoilers.

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Considerações

Independence Day: O Ressurgimento é um filme divertido, mas bem menos que o anterior. O tio Laguna acha que o novo filme tem mais minutos que o anterior, mas não: o velho e bom ID4 tem 20 minutos a mais e parece durar menos. A culpa?

Talvez roteiristas e novos personagens (rasos) demais, inclusive um dos 4 roteiristas é personagem aleatório ali. Ainda bem que o Will Smith não participou: seria apenas mais um ator/personagem sub-aproveitado que aumentaria fortemente o orçamento. Senti muito a falta da Mae Whitman como a Patricia Whitmore, achei que a substituta Maika Monroe não fez jus ao papel.

Enquanto o original era divertidamente forçado e exagerado, O Ressurgimento consegue amplificar isso. Até demais: se no ID4 a guerra com os aliens durava alguns dias, aqui é em bem menos de um. Não chega a ser um desastre de filme, mas a pressa foi a maior inimiga e deixou um bom produto meio cru.

Veredito

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3 de 5 Rain Lao (Angelababy).

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