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Drones assassinos malvados... Made in Brazil?

Para o desespero do pessoal que acha que todo drone é uma terrível assassina máquina de matar crianças inocentes e bebês-foca, o Brasil está investindo na área. Agora uma empresa de São José dos Campos fechou o primeiro contrato de exportação de drones. Não é uma sandália de pneu mas é um bom começo.

10 anos atrás

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Vai floquinha…

A imagem acima correu as interwebs mês passado. Uma floquinha INDIGNADA com a Martha Stewart, por usar um drone para fotografar a própria fazenda.

Como toda indignada profissional de internet a criatura não se deu ao trabalho de pesquisar e descobrir que drones, ou UAVs, ou VANTs são termos que cobrem centenas de aplicações diferentes, e um UAV com uma GoPro atuchada na barriga é bem diferente de um bicho como este:

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Se bem que este é um drone do Hamas, então é do bem. Os foguetes só devem levar doces e brinquedos pras criancinhas de Israel.

A lógica anti-drone não faz sentido. Reclamam que os drones são “covardes” por não terem piloto. Ok, troque o drone por um F16. Os dois sujeitos num camelo terão as MESMAS chances de derrubar o inimigo: zero. E guerra não tem que ser justa, guerra boa é a que os meus rapazes e moças voltam pra casa inteiros.

Mesmo que drones militares fossem terríveis e malvados mesmo, demonizar todos os drones por causa das aplicações militares faz tanto sentido quanto demonizar automóveis por serem usados em guerra. Ou… aviões. O avião que mais salvou vidas no mundo, o Hércules C130 tem uma variação de combate, a AC130 que já matou mais gente que qualquer caça pós-Segunda Guerra.

O bom dos drones é justamente essa versatilidade, e tanto podem ser usados para combate, como os EUA, Rússia, Israel, Hezbollah e Hamas usam, como para aquisição de informação. Antes das meninas sequestradas nigerianas terem sido “devolvidas”, depois que a campanha de hashtag no Twitter resolveu o problema e convenceu o Boko Haram da maldade de seus atos, drones foram utilizados para identificar locais de cativeiro, e efetivamente salvar várias das meninas.

Países com problemas de violência interna, como Sudão, Nigéria e similares precisam de drones, mas os americanos e israelenses são muito caros. Quem poderá ajudar?

Isso mesmo, o Brasil que Funciona.

No caso a Flight Tech, uma empresa de São José dos Campos que desenvolve tecnologia de veículos aéreos não-tripulados em conjunto com o IME. Um desses equipamentos é o Horus, um drone de pequeno porte com autonomia de 2 h, raio operacional de 15 km e 7 kg de peso. 

FT Sistemas S/A — Horus-Gericino

O Horus pode ser usado em situações de busca e salvamento, reconhecimento aéreo inclusive com visão noturna, controle de multidões, kamikaze contra black blocs e muito mais. Agora ele está sendo exportado, uma nação africana não-identificada comprou várias unidades, incluindo apoio logístico. É a primeira vez que um UAV brasileiro foi exportado.

Um drone não precisa estar armado para ser útil, e uma empresa de tecnologia não precisa ser a SpaceX para fazer um bom trabalho. Parabéns à Flight Tech por mostrar que brasileiro sabe fazer bonito sem ser só com bola no pé, se bem que depois do 7 × 1 na seleção… ok, fiquemos só com a Flight Tech mesmo! 😉

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