Carlos Cardoso 10 anos atrás
Um pequeno grande filme dos anos 80, Red Dawn, contava a história de uma absurdamente improvável invasão russa no território continental dos EUA (embora alguns teóricos da conspiração discordem). Décadas depois o filme se tornou bem mais plausível, quando a nova versão de Red Dawn trocou a União Soviética pela… Coréia do Norte.
Nota: durante as versões iniciais do filme ao invés da Coréia os invasores eram chineses. Aí um dos executivos do estúdio se tocou que a China é um mercado ENORME e o filme seria fatalmente banido. Resolveram mudando o nome do país e alterando os símbolos, bandeiras e cartazes de chinês para coreano, contando com que a platéia não percebesse, afinal japonês é tudo igual.
Aqui o trailer dessa abominação:
Na “história” do “filme” os coreanos desenvolvem uma arma de pulsos eletromagnéticos que desabilita os equipamentos eletrônicos dos EUA, tornando toda a estrutura de defesa do país inoperante. Na vida real provavelmente o Grande Líder passa o filme como um documentário (pelo menos a 1ª parte) mostrando como a Melhor Coréia finalmente venceu seus inimigos, já no Sul, a coisa é diferente.
A Pior Coréia adora usar politicamente a ameaça (real) do Norte, mas na prática a população não dá a mínima, o que chega a ser engraçado, os políticos gritando apontando pro Kaiju no horizonte e o sujeito pescando tranquilo no lago. Agora foram mais adiante e, diz o serviço de inteligência de Seul, o Norte comprou armas de pulsos eletromagnéticos russas e está desenvolvendo tecnologia própria.
Como todo nerd sabe, um pulso eletromagnético é a única forma de deter sentinelas enviados pela Matrix, além de ser excelente para fritar equipamentos eletrônicos do inimigo. O problema é que isso não é novo. Já foi mais que testado. O experimento mais conhecido se chamou Starfish Prime, que consistiu na detonação de uma bomba termonuclear de 1,4 megaton a 400 km de altitude, sobre o oceano Pacífico.
O problema é que ninguém previu que o pulso eletromagnético seria tão grande. Vejam a explosão, fotografada em Honolulu, a 1.500 km de distância:
Entre os efeitos causados pelo pulso eletromagnético temos:
Como foi em 1962, e a maior parte da tecnologia usada ainda era basicamente movida por rodas de bois, pouca coisa foi afetada. Hoje seria o caos. Nossos equipamentos não estão preparados pra algo assim. Infelizmente, como arma de guerra, o pulso eletromagnético é inútil.
Só que o vídeo é lindo!
Como esses efeitos são mais que conhecidos, toda força militar que se preze (e até a brasileira também) se preparou para a eventualidade. Equipamentos militares são blindados e protegidos. A única coisa que um pulso desses faria seria enfurecer a população civil. Causaria caos, mas como um ataque para ser bem-sucedido demandaria várias armas termonucleares explodindo sobre o território inimigo, a retaliação seria imediata.
Dada a cooperação atual, Washington, Moscou e Beijing transformariam a Coréia do Norte em um grande estacionamento, restando à Pior Coréia esperar o chão esfriar e mandar soldados pra pintar as faixas.
A menos que tenham realmente desenvolvido uma arma igual a do filme, mas aí seria ficção científica, e a Melhor Coréia só trabalha no reino da fantasia.