Marcellus Pereira 16 anos atrás
Houve um tempo ( que, aliás, não está tão distante assim ) em que eu podia comprar um disco de vinil ( alguém aí se lembra ? ), escolher as melhores músicas e gravar numa fita cassete, para ouvir no carro, na casa de uma amiga ou mesmo nos fantásticos Walkman, da Sony. Os originais, é claro...
Era meu direito. Afinal, eu havia pago não pelos discos de vinil, mas pelas músicas contidas nele. Eu havia comprado o direito de ouví-las onde e quando quisesse.
E a qualidade não era ruim, não! Bons gravadores conseguiam ir de 20Hz a 30kHz, facilmente, usando fitas de Cromo ( CrO2 ). O peso e a duração das baterias era um mero detalhe...
Depois, vieram os CDs. Boa qualidade sonora, sem os chiados e inevitáveis arranhões dos discos de vinil. E eu ainda podia gravar as melhores músicas nas minhas fitas cassete e ouvir por aí. Muito bom.
Mais algum ( pouco ) tempo se passou e veio a febre do mp3. Arquivos pequenos, tocadores menores ainda e uma qualidade de som que... bem... varia ao gosto do freguês. Mas eis que surge a RIAA e decreta a total e completa ilegalidade da "farra" da gravação de músicas. O sujeito agora compra o disco e pronto. Vai ter que levá-lo junto, seja para onde for.
A última má notícia foi a da Creative, retirando a capacidade de gravação FM de seus equipamentos. Pelo amor de Deus! Nem rádio eu posso gravar, agora?
Vou voltar às minhas fitas cassete!
[via Engadget]