Rodrigo Ghedin 12 anos atrás
Numa pesquisa realizada em março, nos Estados Unidos, com 1430 pessoas, a AdMob, espécie de "AdSense para dispositivos móveis" de propriedade da Google traçou o perfil do usuário de tablet.
Os dados são interessantes e revelam tendências para o uso das "pranchetas virtuais" (sic), bem como confirmam algumas virtudes que, no início da sua popularização, esperava-se fossem realmente vingar.
Entre os usuários consultados o tablet se tornou, para 28% deles, o computador principal no dia-a-dia. 77% dos consultados disseram que o uso de computadores/notebooks diminuiu após a compra de um tablet. E esse efeito não se limita à informática; 1/3 dos pesquisados garantiram passar mais tempo arrastando os dedos nas telas dos seus tablets do que assistindo à TV.
Dentre as atividades realizadas, a AdMob determinou as mais e as menos populares. Entre as mais, jogos estão no topo (84%), seguindo de pesquisas por informações (78%) e uso do email (74%). Na outra ponta da tabela, compras online aparecem como a atividade menos comum nos tablets (42%), seguido da leitura de ebooks (!) (46%) e entretenimento (música, vídeo) (51%).
Isso mostra que a oferta do tablet como ereader é um pouco de barra forçada por parte das fabricantes. A tecnologia eink é superior para a leitura e dispositivos dedicados são mais usados para esse fim do que tablets ecléticos.
82% dos entrevistados disseram usar seus tablets quase sempre em casa, o que talvez indique que, afinal, no ambiente corporativo esse tipo de equipamento não terá tanta aplicação. A indústria, principalmente a dependente de Android e Windows, vê nas empresas uma saída para alavancar as vendas de tablets, com direito a previsões de gastos extras com isso. Resta saber se haverá demanda mesmo, ou se é puro hype passageiro.
O relatório completo (que nem é tããão completo assim) da AdMob está disponível para download aqui.