Rodrigo Ghedin 12 anos atrás
Se em desktops e notebooks o Opera só é lembrado quando sai uma nova versão e em piadinhas envolvendo sua minúscula base de usuários, a coisa é diferente nas plataformas móveis. Mesmo com Apple, Microsoft e Google investindo pesado nos respectivos navegadores dos seus sistemas operacionais para dispositivos móveis, o Opera segue firme não só na liderança, mas fazendo jus ao posto com um software fenomenal.
Acabaram de sair o Opera Mobile 11 e o Opera Mini 6. A dupla sempre causa confusão, pois muita gente não sabe a diferença entre ambas. Existem outras, mas para simplificar: o Mini é destinado a dispositivos fracos e/ou em conexões lentas, já que usa os proxies da Opera para agilizar a navegação. O Mobile é o "puro sangue", que fala diretamente com servidores web, sem intermediários.
Agora o Opera Mini suporta T9. Demorou, né?
Como eu me enquadro na descrição do Mini (Nokia com S60 véio de guerra + TIM Infinity "300 kbps com muita sorte" Web), é com ele que eu vou. E o quão fiquei surpreso ao constatar que o quer já era bom, aka Opera Mini 5, ficou ainda melhor na sexta versão!
A primeira mudança que se vê, também das mais notáveis, é como o tempo de abertura do navegador diminuiu. A tela de carregamento, que parecia um download em conexão discada até a versão anterior, male má se nota nessa. Em velocidade, rivaliza, quiçá ultrapassa, o navegador nativo do Symbian.
Ao entrarmos, temos a boa e bonita interface do Opera Mini à disposição. Em comparação com seu antecessor, ela ficou mais discreta e elegante, especialmente pela substituição da grossa e vermelha barra de títulos por uma preta e mais fina.
O menu principal também foi redesenhado e, embora tenha o mesmo tamanho na vertical, passa a sensação de ter diminuído. O botão dedicado ao Speed Dial deu lugar ao "Opera button", bem parecido com o do navegador desktop e com algumas novidades, como o compartilhamento de links em redes sociais.
À esquerda, Opera Mini 5 Beta. À direita, o novíssimo Opera Mini 6.
Na hora de navegar pelas páginas, o teclado numérico físico, bem comum nos aparelhos aos quais o Opera Mini se destina, foi lembrado. As teclas 2, 4, 6 e 8 agora funcionam para rolar a página em quatro direções, solução que, nos testes, mostrou-se bem mais cômoda do que o direcional, que agora funciona mais para apontar o cursor do "mouse" em pontos específicos e na visualização geral (sem zoom) da página. Todas as transições de zoom e rolagem são bastante suaves.
Há diversas outras melhorias espalhadas pelo navegador, como barra de endereços com previsão/complemento e, enfim, T9 nos campos de formulários — não sei se era um bug isolado, mas até a quinta versão só tinha o "ABC" aqui. Quem tem o hábito de usar o Opera Mini para navegar se deparará com muitas dessas alterações pra lá de positivas nos primeiros minutos de uso.
Não é de hoje que o Opera Mini funciona muito bem, melhor que muito navegador nativo. Assim sendo, não me resta outra conclusão que não a de recomendar fortemente o download ou, para os usuários mais antigos, a atualização. Ele está disponível para celulares genéricos, Symbian S60 e Android (inclusive tablets), basta apontar o navegador para m.opera.com e fazer o download. A versão para iOS ainda não saiu, mas deve pintar em breve.
Com informações do Opera Mini blog.