Rodrigo Ghedin 12 anos atrás
Convergência é uma palavrinha que, entra ano, sai ano, não sai de moda. Em todos os nichos e níveis da tecnologia, do iPhone 4 ao MP387 com 4 chips, agregar funções é sempre uma feature que chama a atenção.
Um dos nichos convergentes que mais desafiam as empresas é o das TVs conectadas. Não é de hoje: desde meados da década de 1990 a MSN TV já tentava emplacar a Internet na sala de estar. Agora, em 2010, foi a vez da Google tentar a sorte na área, com o lançamento do Google TV.
Google TV: FAIL?
E... bem, as primeiras impressões não foram das melhores. Nosso intrépido correspondente internacional Joel Nascimento correu para a Best Buy logo que os primeiros set-top boxes foram lançados e garantiu um Logitech Revue para analisar. Resultado? Lastimável, segundo o próprio.
Além da usabilidade ruim e de outros problemas, diversas redes, como NBC, CBS, ABC e Fox, além do Hulu, bloquearam acesso a episódios completos dos seus programas via Google TV. Mais um golpe duro contra um produto que, por si só, não agradou.
Parece que a recepção negativa, unânime entre publicações de tecnologia, fez mudar os planos da Google. O The New York Times afirma que fontes ligadas à Google e parceiras no setor (Toshiba, LG, Sharp) disseram que a gigante de Mountain View pediu às fabricantes que segurem as apresentações dos seus equipamentos, muitas programadas para a CES, que começa no dia 6 de janeiro. Motivo? Estão melhorando o sistema.
Não é a primeira vez, e provavelmente não será a última, que a Google põe no mercado um produto de qualidade duvidosa e, após críticas negativas, trabalha duro para levá-lo a um nível superior. Google Reader, Chrome OS e Google Wave são alguns que foram lançados "crus" e, depois, melhoraram consideravelmente. Essa melhora, porém, não é sinônimo de aceitação pelo público. Google Wave que o diga.