Carlos Cardoso 12 anos e meio atrás
A ficção nos dá a idéia de que todo contato envolvendo humanos e alienígenas envolverá pilotos bêbados, garotinhos ciclistas de subúrbio, cidades do interior dos EUA onde o xerife NUNCA acreditará no garoto que viu o disco voador ou um moleque quase-nerd que é mais fácil de nos convencer de que seu carro é um robô-guerreiro do espaço do que sua namorada é a Megan Fox.
A ONU entretanto não liga para ficção, exceto na hora de acharem que são relevantes, por isso estão levando a sério a possibilidade de estabelecermos contato com entidades inteligentes alienígenas, mesmo que via rádio.
Em um congresso indicaram inclusive a Doutora Mazlan Othman, chefe do Escritório para Assuntos de Espaço Profundo da ONU, Unoosa. Ela será em teoria responsável por toda a comunicação caso sejamos contactados.
Eu sei, na prática, como Arthur Clarke previu, todos os governos e entidades do planeta vão agir por conta própria, será no mínimo divertido, pois graças a Einstein estamos a uma distância segura e no máximo poderão nos xingar muito no Twitter Galáctico.
Pode parecer besteira dedicar tempo e dinheiro a esse tipo de projeto, é algo questionável mesmo sem usarmos aquela ridícula muleta "com tanta gente passando fome", mas a Humanidade não avança com quem olha pra baixo, avança com quem olha pra cima.
Pensar em possibilidades como um contato extraterrestre, por mais ínfima que sejam, é algo inspirador, é algo que muda nossa perspectiva do Universo e faz com que nos vejamos como planeta, não como um saco de nações constantemente se matando.
Fonte: news.com.au