Rodrigo Ghedin 13 anos atrás
Ele surgiu com a pompa de ser o lendário "Google phone", e nos aspectos subjetivos, impressionava. Porém, algumas decisões burocráticas, como vendê-lo apenas através de uma loja virtual, e mais, por um preço nada camarada, parecem ter interferido no sucesso do Nexus One, primeiro e, aparentemente, último smartph... "superphone" da Google.
Num post publicado no blog oficial do gadget na última sexta-feira, a Google anunciou ter recebido o último carregamento de Nexus One, e que depois daquele, acabou a festa. O smartphone continuará sendo vendido em alguns mercados, como Inglaterra (Vodafone) e Coreia do Sul (KT), mas na lojinha online, não mais — essa, inclusive, será encerrada. Desenvolvedores ainda poderão ter um Nexus One, através de um programa de parcerias da Google (mais informações aqui).
O mais estranho nessa abordagem da Google, ou seja, no lançamento do Nexus One, foi que a empresa criou competição com seus próprios parceiros. Motorola, Samsung, HTC, empresas que usam (muito bem) o Android em seus dispositivos. O Nexus One parece o elo perdido entre o modelo da Apple (iPhone), totalmente centralizado, e o do Windows Mobile e do próprio Android antes dele, uma empresa produz o software, outras, o hardware. O que não quer dizer que o gadget fosse ruim, longe disso.
Infelizmente, perde-se a talvez única experiência com Android "puro" de fábrica, já que, como sabemos, a maioria dos fabricantes dão seu toque particular ao sistema operacional, coisas nem sempre muito úteis e que, em casos extremos, como o do Xperia X10 e seus Time/Media Scape, acabam piorando a experiência do usuário.