Carlos Cardoso 13 anos e meio atrás
Os dados são de uma pesquisa do Nielsen: 55% dos consumidores de vídeo mobile nos EUA estão na faixa de 25 a 49 anos. Bate certinho com o senso comum, afinal jovens sofrem de déficit de atenção e a geração YouTube não tem tempo nem paciência para ficar horas olhando um filme em um celular.
Infelizmente quase tudo que "todo mundo sabe" está errado. Deduções baseadas no senso comum quase sempre resultam em péssimas decisões de negócios. É preciso estudar mais detalhadamente os dados. Inclusive no caso acima. Diz o relatório:
Portanto temos mais adultos assistindo menos vídeos. Isso significa que a mídia é mais seletiva, a publicidade mais cara.
E rentável, o mercado está apostando. Em um ano o consumo de vídeo mobile cresceu 51,2%, e não estamos falando de isentos e seus xing-lings MP25 com aquela maldita anteninha, mas de gente com smartphones assistindo streaming e mídia comprada.
20 milhões de espectadores em uma população de 300 milhões é um número respeitável. 7 horas por mês já não é. O bom-senso diz que não é um mercado, já a visão estratégica diz que é um público em potencial enorme, que precisa de material adequado para o formato, tanto em estilo quanto em duração.
A maioria das pausas não dura os 43 minutos de um episódio de TV e o consumo de vídeo mobile é todo baseado em oportunidade. É no ônibus, na sala de espera, na aula ou em outros lugares onde seu tempo está sendo desperdiçado. Há um formato dourado intermediário escondido aí, quem o descobrir ganhará muito dinheiro, pois terá uma audiência enorme independente de horário, canal ou emissora.
Só é preciso fazer algo mais divertido que videocasts.
Deu no New York Times