Safari 5, Bing, WWDC e as boas coisas da vida...

Rumores indicam que a Apple vai apresentar o novo Safari 5 com Reader e suporte ao Bing na WWDC. O covil de cobertura que normalmente antecede os eventos da Apple estava calmo demais dessa vez. Para quebrar o gelo, os editores de um website francês publicaram algumas linhas que finalmente trouxeram de volta aquele coça-coça e blá-blá-bléspeculação tão característicos desse período.

Alguns documentos e screenshots foram revelados neste sábado pelo website MacGeneration indicando que a Apple poderá lançar a sua nova versão do navegador Safari (5) com uma função mais especificada de leitura de artigos online. De quebra, a maçânica prometeria também incluir o suporte à buscas via Bing e a expansão do suporte à linguagem HTML5.

Na mesma publicação, a próxima atualização do OS X (10.6.4 SL) também foi evidenciada e já é comentada como sendo a maior de todas a atualizações feita no OS da empresa em todos os tempos. Fico me perguntando se não é meio óbvio dizerem isso por aí, não é? Uma outra novidade, mais para quem desenvolve sobre a plataforma, seria a atualização do XCode para a versão 4.

Enfim, de volta ao provável destaque da WWDC em relação ao Safari, é esperado que a função do Safari Reader disponibilizará um botão na barra de utilidades do browser que 'tornará a experiência de leitura de textos e artigos em algo simplificado e clean'.

Os supostos 'documentos da empresa' (ah, mas isso tem uma cara de editorial tipo phishing ao contrário...) falam de um aumento de 25% na velocidade de navegação em relação ao Safari 4 e também de uma codificação contínua de pre-fetching DNS para tornar o trânsito entre as páginas mais rápido. Isso, de factum, seria muito bom.

O update também envolveria pelo menos uma dúzia de novas funções em relação ao suporte expandido à linguagem HTML5, como geo-localização, tela cheia e auto-lengendagem (closed-captioning) para vídeos e um provável painel de visualização em formato de linha do tempo (timeline) no WebInspector que indica visualmente áreas focais para otimização - de presente para os programadores.

Campos inteligentes para input de endereços, aceleração de hardware específico para Windows OS, histórico de buscas otimizado com datação de ítens, um ícone dedicado para navegação privada (private browsing) e um sistema de caching para páginas refeito do zero.

Levando em conta que o Safari 4 foi foi lançado em 8 de junho do ano passado, há menos de um ano apenas, confesso que acho bem bacana o fato da empresa não deixar passar muito tempo para mexer em algo tão utilizado quanto um navegador. Digo isso porque com a onda de padbooks que se agiganta diante dos falhados netbooks que ainda não disseram a que vieram e o pique-esconde da Google em 'revolucionar o mundo com o seu Chrome OS feito para a web de hoje', é suposto que ao tema browser seja adicionado uma estrelinha a mais de relevância.

Sim, porque se o mundo dos conectados (não dos conectores) entrar mesmo nessa de App-Diet OS, passaremos a discutir segurança de informações, privilégios de dados, portas, vulnerabilidades, etc etc etc, tudo a partir de uma perspectiva associada ao próprio navegador-OS e não mais via sistemas operacionais do tipo harware-até-o-osso.

Aproveitando o ensejo... eu já falei nisso alguma outra vez, em algum outro lugar mas, é fácil para a Google dizer que o Windows é um sistema que fora desenvolvido quando a internet era um byteodonte e que vai trazer o novo para o velho mundo. Ora bytes! Simplesmente, porque o Windows FOI construído quando a rede mundial era outra coisa. Duh? E...?

Se o Chrome OS fosse dar mesmo nisso tudo, eu estaria todo aflito porque produzo tudo num Apple PPC mafioso de capaz todo dia, e escrevo esse artigo de um laptop brazucado Core 2 Duo com a última versão (Robby) Linux do Jolicloud instalada (sozinha) e funfando robustíssimamente para este fim há mais de 3 meses. Vejam vocês que eu e tanta gente já estamos com o sovaco cinza de tanta preocupação (...).

Imagine o seguinte: duas meninas lindas. Uma chamada Windie, outra chamada Appie.

A Windie vai crescendo e ficando linda e quando começa a dar sinais da idade, começa a fazer as melhores cirurgias plásticas do mundo. Continua linda e dando conta do recado. Mas, sabe como é né...? É plástica, não milagre. Como é muito conhecida e necessária, vivemos bem com ela mesmo quando ela surta, fecha todas as janelas e se desliga.

A Appie, por outro lado, quando começa a mostrar as estrias, arranca tudo e literalmente se remonta do zero, ficando tão linda quanto a Windie, bem mais maquiada e em menor evidência, menos sujeita aos vírus, bactérias e doenças tão comuns à sua 'miga'. 😀 O lance da Appie é agradar... e agrada. Aos olhos, na simplicidade, na confiabilidade. Podem se passar anos e ela dificilmente lhe deixará na mão. Até mesmo porque, aquele visual sempre na última moda só é possível porque ela não é fiel nem as próprias partes do corpo e se desmonta e se remonta quase que a cada semestre.

Ambas têm a mesma idade, só que trabalham em lugares diferentes... (nem vou entrar muito nesse mérito... risos... deixo para a criatividade dos cumpadres para elaborar isso melhor do que eu!). Vejo o Google Chrome OS e toda a sua boca grande, como aquela menininha filha de pai rico que já quer chegar enfiando o dedo no olho das outras.

Novidade é ótimo, quem não gosta de inovação e carne fresca?

Mas na hora H, quem corre para a menininha quando quem segura mesmo a onda são aquelas gostosas, tão mais experientes, que você confia a tanto tempo...

PostScript-Satisfação: Começou com uma matéria de atualização e rumores ligados à minha coluna e terminou (ou sei lá) com uma para-metáfora entre sistema operacional e as gostosas? Vai ver que é o sábado e que eu passei trabalhando em casa, com a minha mulher, minha whippet, na maior boa do mundo, só pode...

Ah, as outras coisas boas da vida...