Carlos Cardoso 13 anos atrás
A idéia de usar a capacidade do corpo humano para transmitir sinais elétricos não é nova. O Media Lab do MIT já tinha protótipos nessa área, mas eram voltados a aplicações específicas de baixa velocidade e poucos dados.
A estrutura humana é boa condutora, com muitos radicais livres, elétrons de bobeira e sais, mas nem de longe chega perto de um bom pedaço de Cobre. Mesmo assim com modulação correta e eletrodos sensíveis cientistas da Universidade da Coréia, em Seul conseguiram transmitir sinais no braço de um voluntário a uma velocidade de 10 Megabits e uma distância de 30cm.
O consumo de energia foi muito menor do que o utilizado em uma transmissão Bluetooth.
O segredo está nos eletrodos. Com espessura de 3 fios de cabelo e cobertos por um polímero de silício, não causam irritação na pele, ao contrário dos modelos antigos.
Agora os cientistas estão de olho em aplicações como monitores de glicose e batimentos cardíacos, pacientes podem ser equipados com diversos sensores, todos transmitindo via pele para uma unidade concentradora dedicada. Ela sim faria a conexão wireless com um servidor. A economia de energia é estimada em 90%, se comparada com sensores sensoreando e transmitindo wireless ao mesmo tempo.
Todo fã de ficção científica já imagina as aplicações, como o famigerado Tradutor Universal de Star Trek, que ninguém sabia onde enfiavam (não pergunte), mas os pesquisadores não estão vendo muito uso nessa área. Os dispositivos como celulares já utilizam o Bluetooth e similares, não há nenhum grande ganho real e um sistema desses não conseguiria se comunicar com seu celular na mochila.
Fonte: New Scientist