Rodrigo Ghedin 13 anos atrás
Não é segredo que quem produz o Nexus One, primeiro smartph… digo, “superphone” do Google, é a HCT. O que talvez alguns não saibam é que o projeto todo é de propriedade da fabricante taiwanesa. Ligando os pontos, chegamos a qual conclusão? Sim, amigos: um Nexus One da HTC – e só dela.
Hoje foi anunciado, no Mobile World Congress, em Barcelona, o HTC Desire. Analisando tabelas de especificações, é inegável a similaridade com o produto do Google. E, de fato, sob o capô ambos são idênticos. Rodam Android 2.1, têm processador Snapdragon de 1 GHz, e trazem um telão de 3,7” AMOLED touchscreen. Fisicamente, além da troca do nome do aparelho, a única mudança é a saída da controversa trackball, que agora dá lugar a um trackpad ótico, aparentemente um novo padrão na HTC – o Legend, outro Android anunciado na Espanha, também traz ele.
Tamanha similaridade entre os produtos de Google e HTC podem levar o consumidor àquela inexorável dúvida: qual pegar? Se no aspecto físico o Desire é praticamente idêntico ao Nexus One, é no software que as diferenças emergem.
Em suma, o Desire conta com a exclusiva interface Sense, da HTC, que dá um tapa no visual e usabilidade do Android, além de trazer de fábrica recursos como multitouch e suporte a Flash no navegador. Muitos donos de Nexus One tinham alguma esperança de que a Sense fosse liberada para o aparelho, mas isso é pouco provável; a ideia do Google é manter o Android dos seus aparelhos “puro”, como foi concebido.
A disponibilidade do HTC Desire ainda é um mistério – ou quase isso. Europa e Ásia recebem o novo gadget já em abril. O resto do mundo, incluindo Brasil e Estados Unidos, fica na expectativa. Tomara que chegue aqui e, se possível, não demore muito.