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Na caixinha ou via download?

14 anos atrás

Um jogo na caixa por R$ 50,00, ou a versão “baixável” do mesmo por R$ 45,00? Qual você escolheria?

Estamos vivendo um período de transição, onde algumas áreas, principalmente do entretenimento, estão prestes a deixar de lado a embalagem física em prol da distribuição digital. Isso choca muita gente ainda não preparada para a mudança.

Veja alguns exemplos que ilustram essa constantação:

  • No campo dos jogos, a distribuição de títulos via download já ultrapassou a dos títulos vendidos em caixinhas (retail) no PC – e a Valve só dá risada. Nos consoles a iniciativa ainda é tímida e dominada pelos indies, mas tem potencial para se fortalecer no futuro. Exemplos: Steam, Direct2Drive;
  • Na música, Apple, Nokia e Microsoft encabeçam, cada uma com planos e modelos de negócio diferente, esse lucrativo nicho. É mais barato e prático que um CD. Exemplos: iTunes Store, Comes With Music, Zune Pass;
  • Nos filmes, já é relativamente comum encontrar lojas que alugam ou vendem longas via Internet, inclusive no Brasil. Exemplos: Netflix, Saraiva Digital;
  • Até a literatura embarcou nessa nova onda. Apple e Amazon estão prestes a iniciar uma nova batalha, e outros competidores deverão entrar na briga em breve. Exemplos: Kindle, iPad.

Há uma série de vantagens no modelo digital, algumas aplicáveis a todos os exemplos acima, outras específicas para cada tipo de conteúdo. Os jogos, por exemplo. Quem nunca perdeu um CD/DVD ou a CD-key de um jogo? Com o modelo de distribuição digital, esse problema desaparece. Tudo fica atrelado a uma conta protegida, e o usuário simplesmente baixa e roda o jogo.

download-digital-20100202 Devemos levar em conta, ainda, o fato de que as versões digitais, em geral, têm preços mais atraentes que seus equivalentes físicos. É um dos principais atrativos para quem ainda não se conscientizou dos demais que o modelo de distribuição digital possui.

Particularmente, uma coisa que gosto muito em “baixar” o que consumo é, justamente, uma das que mais postergam a adoção do modelo pela maioria: a não existência de elementos físicos. Minha prateleira está abarrotada de caixas de DVDs e livros. Se me fosse dada a opção, trocaria todos eles por equivalentes digitais. Na hora. Quanto menos bagunça para acumular, mais espaço para “respirar”, aproveitar o ambiente. E falando em ambiente, não preciso dizer qual dos dois modelos é o mais verde, certo?

No exemplo dado no começo do post, acredito que, hoje, a maioria optaria pela caixa, mesmo que isso lhe custasse R$ 5,00 a mais. É uma herança da mentalidade de que precisamos do tato para tomarmos consciência do que compramos. Gastar dinheiro com algo que não se pode segurar com as mãos soa estranho para muita gente. Porém, acredito que as próximas gerações, criadas com a mentalidade do digital, reverterão esse quadro. Espero, no futuro, que versões físicas de filmes, livros e músicas, sejam apenas objeto de colecionadores e saudosistas…

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