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Amazon Echo grava conversa de usuária sem autorização e a envia para outra pessoa

Amazon admite que o Echo fez o que não devia, ao grava conversa íntima de uma usuária e envia-la a outra pessoa aleatória em sua lista de contatos; empresa diz que “isso não deveria acontecer”.

6 anos atrás

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A Amazon se meteu numa bela encrenca: a companhia admitiu que uma unidade do Echo, seu alto-falante inteligente registrou a conversa íntima de uma usuária, sem que a mesma desse autorização de fazê-lo e enviou o áudio a outra pessoa aleatória em sua lista de contatos.

O caso aconteceu em Portland, nos Estados Unidos. Uma usuária que se identificou apenas como Danielle disse a uma afiliada de rede CBS que um dos funcionários da empresa de seu marido, em Seattle entrou em contato informando ter recebido um áudio enviado pela assistente Alexa, que através do Amazon Echo Dot (a família possui quatro unidades) registrou uma conversa íntima entre o casal sem que nenhuma ordem para isso fosse dada. A usuária, que pediu ressarcimento junto à Amazon e não pretende voltar a utilizar a tecnologia diz que se sentiu “totalmente invadida” pela ação do acessório.

A Amazon confirmou o bug, informando que por algum motivo ainda não claro o assistente “adivinhou” os comandos de Danielle e do marido e registrou o áudio; acredita-se que o Echo Dot, avaliado pelos engenheiros da empresa tenha entendido um comando para enviar um trecho da conversa para um contato sem uma confirmação da ação, o que não deveria acontecer. Técnicos da companhia checaram os logs e confirmaram as afirmações, tudo o que foi dito e as ações imprudentes do Echo. Segundo Danielle, o contato do SAC “pediu desculpas 15 vezes em um espaço de 30 minutos”, dado o tamanho da burrada.

A Amazon informa que não há outros relatos de casos semelhantes, mas esta é uma situação complicada. Com cada vez mais dispositivos nos ouvindo o tempo todo, sejam smartphones ou alto-falantes espertos era questão de tempo que algo assim acontecesse. Cabe agora à Amazon, Google, Apple, Microsoft e todos os que possuem tecnologia semelhantes fazerem por onde de modo a evitar que o caso se repita, a menos que queiram receber processinhos pesados de seus consumidores.

Fonte: Ars Technica.

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