Carlos Cardoso 6 anos atrás
O traje do Homem de Ferro é excelente, mas ele só funciona por ser uma armadura completa. O motivo é simples, e você consegue entender com uma simples visita a uma academia. Procure uma barra, pendure-se com uma só mão. Pesado, não? Essa é a força que os propulsores do traje precisam fazer para você apenas pairar.
Agora imagine que 1/4 dessa força está sendo exercida pelos propulsores em seus pés e mãos. Você está sustentando 1/4 do peso do corpo em cada pulso. Mova o braço um pouco que seja, e a soma das forças fica desbalanceada. Voar não é fácil, e cansa.
Já máquinas (como um traje Mk-2 com fly-by-wire) não têm esses problemas, e um grupo de cientistas italianos decidiu estudar se vôo é uma forma de propulsão adequada para robôs humanóides. Os resultados foram publicados em um paper com o título Momentum Control of an Underactuated Flying Humanoid Robot.
O estudo, apesar de ser mais uma peça de nossa futura destruição, é bem interessante. Demonstram que vôo vetorado de uma forma humanóide é possível: a única exigência é muita força nos braços, claro.
A grande questão é se isso é desejável, e nem falo em termos de Morte aos Humanos. Voar consome muita energia. Faz mais sentido que robôs se locomovam normalmente no solo e só voem quando absolutamente necessário. O que levanta outra questão: vale o custo de produzir e carregar equipamento de vôo que será usado tão raramente?
Sim, Ultron estava certo. A maioria dos robôs dele não voava.
Ah sim, o vídeo do projeto é coisa de pesadelo:
Fonte: Tech Crunch.