Rodrigo Ghedin 13 anos e meio atrás
O que rola de piadinhas sobre malucos e/ou desinformados que querem “imprimir a Internet” ou, no caso dos menos megalomaníacos, “imprimir a Wikipedia”, é assustador. A ideia ecologicamente incorreta também é incompreensível sob o ponto de vista da praticidade: para que isso se a Wikipedia de verdade está bem, obrigado, é gratuita e acessível?
Aparentemente, há público que anseia visualizar as entradas da enciclopédia livre longe do computador. Só isso justifica o WikiReader, um visualizador da Wikipedia. Não um programa, mas sim um gadget.
Custa U$ 99,00, vem com tela monocromática e sensível a toque, funciona com duas pilhas AAA, e em breve estará disponível na Amazon e no site oficial. A interface, além da touchscreen, conta com apenas três botões: pesquisa, histórico e aleatório. E… bom, e é isso.
O WikiReader não conta sequer com conectividade sem fio. O conteúdo é totalmente offline, somente em inglês, e será atualizado quase mensalmente, mediante taxa anual de U$ 29. Então, o arquivo, especialmente compactado para o dispositivo, será enviado para o cartão microSD que acompanha o produto.
Não sei quem compraria algo assim, mas certamente há público. Só isso justifica a criação do WikiReader. Ele só tem essa utilidade, nada mais, a princípio, pode ser feito. E, mesmo tão limitado, a coisa não para aí: graças à limitação da parte gráfica, as entradas da Wikipedia visualizadas pelo aparelho só mostram texto, nada de fotos. Pelo menos isso garante uma grande autonomia.
A título de curiosidade, o WikiReader é produzido pela Openmoko, empresa taiwanesa criadora daquele perecido celular open source.
Confira uma análise em vídeo do CrunchGear: