Carlos Cardoso 5 anos e meio atrás
Um passeio obrigatório para todo carioca é conhecer o Museu Imperial, em Petrópolis. Quando criança nossa principal lembrança são as divertidas pantufas, obrigatórias para não danificar os lindos pisos do prédio.
Construído entre 1845 e 1862, o então Palácio Imperial era a residência de verão de Dom Pedro II, a cidade de Petrópolis foi criada por causa do Palácio, que o Imperador pagou do próprio bolso, aliás.
É fascinante percorrer os corredores do prédio, perceber que todas aquelas figuras históricas que a gente ouviu falar brevemente no colégio e que agora só existem nos enredos das escolas de samba eram reais.
Infelizmente museus não são eternos, e as futuras gerações podem não ter um Museu Imperial para visitar. Acidentes, incêndios, guerras, tudo pode acontecer com o mais famoso dos museus, pergunte a Hipácia. É preciso preservar mais que o prédio em si, temos que dar um jeito de tornar a memória histórica à prova de meteoros e ISIS. E aí entra a Autodesk.
Ela está liderando um grupo de empresas em um projeto para digitalizar o museu, por dentro e por fora. Estão usando drones e lasers para mapear em 3D e alta resolução o prédio e os arredores, esses dados poderão ser usados em passeios virtuais, estudos arquitetônicos, projetos de restauração, tudo.
O projeto levará três meses colhendo os dados, mas já temos resultados preliminares:
A Autodesk utilizará no projeto, entre outros os softwares:
Espero que o projeto dê certo, e seja ampliado, não só com a digitalização 3D individual dos objetos do acervo, como com sua expansão para outros museus. Hoje em dia um celular mediano e um visor vagabundo (preciso resenhar o meu) já proporcionam uma experiência de realidade virtual bem divertida. Ver isso espalhado em escolas não é ficção científica, e iniciativas como essa da Autodesk fornecem o material didático que justifica esse tipo de investimento no futuro.
Fonte: Digital Drops.