Carlos Cardoso 7 anos atrás
Normalmente o empuxo de avião é fixo, em uma linha paralela ao eixo longitudinal da aeronave, seguindo seu centro de massa. O empuxo garante a propulsão mas não a capacidade de manobra. Essa é conseguida com superfícies passivas (epa!) afetadas pelo fluxo de ar.
Isso significa que dependendo da velocidade o avião responde de forma diferente aos comandos e, em alguns casos, perde totalmente autoridade aerodinâmica. O acidente do Maverick e do Goose em Top Gun é real, um parafuso chato é uma manobra que a única chance de escapar é você estar MUITO alto e ganhar velocidade antes de chegar ao chão ou desmaiar por causa da rotação.
Um F-22 ou um Su-35 não teriam esse problema. Eles usam a chamada Propulsão Vetorial.
É um conceito bem antigo, Von Braun usava nas V2, mas em aviões só é eficiente com jatos. Você basicamente direciona a saída do motor, e graças a Newton o empuxo deixa de ser horizontal e faz o avião se mover em ângulos anormais:
Isso gera uma capacidade de manobra incrível, mas nos tempos modernos isso não é tão importante. As batalhas aéreas não são mais como nas duas primeiras Guerras Mundiais. Um míssil tem muito mais velocidade e capacidade de manobra do que qualquer avião, e não se importa se você começa a fazer piruetas.
Em aviação de combate existe uma máxima: “Velocidade é Vida”. As manobras vetoriais consomem toda a energia cinética do avião, e isso é péssimo, mas para shows aéreos é algo impressionante e os russos são bem melhores. O F-22 só possui empuxo vetorial em um eixo, o Su-35 trabalha em dois eixos, e bem pilotado é lindo.
eXrusso 2017 — un "baile" increíble del SU-35S ✭ MAKS 2017 Rusia