Ronaldo Gogoni 7 anos atrás
O Galaxy Note7 foi um erro retumbante, uma falha de projeto que custou não só muito dinheiro à Samsung e redução de seu market share no período, mas também gerou um problema e tanto com a quantidade de lixo gerada. A fabricante já adiantou que embora tenha planos de lançar o recondicionado Note7 FE em mais mercados além da Pior Coreia (você não, Brasil), a grande maioria dos dispositivos recolhidos não serão revendidos.
Claro que a Samsung não tem mais o que fazer com as baterias, que terão que ser devidamente descartadas mas e quanto aos metais raros presentes nos aparelhos? Como já explicamos, embora a quantidade desses elementos seja muito pequena por aparelho, quando olhamos para a grande quantidade de smartphones que a fabricante produziu, desde os recolhidos aos que nunca saíram da fábrica deixa-los parados é desperdício de dinheiro e material. A escala torna vantajoso gastar uma boa grana para reaproveitar esses elementos em novos aparelhos, logo é o que a Samsung fará.
Segundo nota oficial a Samsung irá coletar módulos de câmera, displays e SoCs e recondiciona-los, disponibilizando-os como peças sobressalentes para assistências técnicas. Já o ouro, prata, cobre e cobalto presentes serão reciclados de modo a revendê-los ou mesmo reutiliza-los internamente, o que for mais lucrativo. A empresa estima ser capaz de recuperar 157 toneladas de metais raros apenas dos Galaxy Note7 descartados, e planeja fechar parcerias com empresas sul-coreanas e externas de modo a reaproveitar tudo.
É importante esclarecer que a Samsung não conseguirá fechar o rombo no orçamento causado pelo smartphone explosivo, de cerca de US$ 5,4 bilhões; a iniciativa visa recuperar uma parte do dinheiro investido e ao mesmo tempo colocar um curativo na sua imagem, ao promover a reciclagem sustentável de materiais que estão se tornando cada vez mais difíceis de se conseguir para fabricar novos gadgets. Melhor do que deixar essas granadas encostadas num galpão.
Fonte: NewsWire (em coreano).