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EUA: Fuzileiros Navais compartilhavam nudes em página secreta do Facebook

Polêmica: grupo secreto do Facebook de membros dos US Marines compartilhava fotos de mulheres nuas de dentro e fora da corporação sem consentimento ou conhecimento.

7 anos atrás

Gente escrota existe em todo lugar e o corpo dos Fuzileiros Navais, a elite da elite da força militar dos Estados Unidos não é exceção. Diversos membros da corporação, ativos e aposentados estão sendo investigados por compartilharem diversas fotos de mulheres nuas — algumas também US Marines e muitas tiradas sem autorização ou conhecimento — em um grupo secreto do Facebook.

A investigação partiu do Departamento de Defesa, após descobrirem a existência de um grupo na rede social chamado "Marines United", composto apenas por membros homens da corporação (e também da Marinha e dos fuzileiros britânicos), ativos no dever ou não. As configurações de grupos secretos são bem específicas e só se entra neles através de convites, além do que eles não aparecem nos resultados de busca para quem não é membro. Não é exagero pensar que como o Facebook possui uma política de privacidade bem confusa, muito material indevido circula dentro desses grupos secretos.

Voltando... o principal objetivo do grupo seria compartilhar nudes de mulheres diversas entre os membros, desde civis a integrantes dos fuzileiros, ativas ou veteranas. Algumas eram identificadas por completo com nome, posto e endereço. Um link compartilhado por um dos membros no Google Drive, com uma grande quantidade de fotos foi identificado e desativado.

A denúncia foi feita pela The War Horse, uma ONG criada pelo fuzileiro veterano Thomas Brennan cuja missão é combater casos de assédio sexual e abuso dentro da corporação. Infelizmente toda boa ação não vem sem punição, e após expôr a página ele e sua família vêm recebendo ameaças de membros da "Marine United". Um inclusive sugeriu que Brennan deveria ser afogado, sua esposa estuprada e até mesmo fotos de sua filha, com uma tag de recompensa também foram compartilhadas no grupo secreto. Obviamente, tudo isso vai para a conta da investigação.

Pelo menos duas membros teriam sido diretamente afetadas pelas postagens e agora o Pentágono caiu matando em cima. Pelo menos um marine já foi afastado e outros tantos estão sendo investigados, entretanto o Departamento de Defesa não esclareceu quantos. O NCIS (o de verdade) é o órgão responsável pelas investigações.

O comandante dos fuzileiros, general Robert B. Neller não deu declarações claras sobre o escândalo mas pelo que ele disse, deu a entender que ele está bem fulo nas calças com toda essa situação:

"Para qualquer um que ataque um de nossos fuzileiros, online ou de outra maneira, de uma maneira inapropriada, é desagradável e demostra uma total falta de respeito."

De acordo com um documento obtido pela agência AP (cuidado, PDF), um fuzileiro diretamente responsável pelo compartilhamento das fotos pode ser indiciado por violação do Código de Justiça Militar e sofre duras sanções; já os que participaram indiretamente dos atos ou os encorajaram também poderão sofrer processos criminais e administrativos.

O que ninguém está se perguntando nesse momento é o papel do Facebook nisso tudo. Embora o "Marines United" fosse secreto e seu conteúdo não aparecia na timeline de outros não-membros, não é segredo para ninguém que a rede social tem acesso irrestrito ao que é compartilhado dentro de tais grupos e utiliza tais dados em seus algoritmos. Dessa forma, entende-se que era função do Facebook alertar as autoridades para o que estava acontecendo mas sejamos sinceros: se ele chilica com peitos imaginários e estátuas mas deixa no ar um vídeo de tortura...

Fonte: AP.

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