Carlos Cardoso 6 anos e meio atrás
O Irã adora drones. Faz tudo para botar a mão nos melhores, algumas vezes com planos mirabolantes dignos de James Bond, como quando hackearam sinais de GPS para confundir um drone secreto stealth do Pentágono, e fazer o bicho pousar em território iraniano.
Outras vezes eles foram pelo caminho mais rápido e roubaram um drone japonês usando… Photoshop. Sim, editaram minimamente a imagem e disseram que o drone era deles.
Agora ao menos há um protótipo. O Saegheh é este brinquedo aqui:
Ele teria a capacidade de ser carregado com explosivos e usado para afundar navios. A idéia em si não é nova. Na Segunda Guerra os alemães desenvolveram a Henschel Hs-293, esta bomba-foguete voadora aqui:
Com um motor de foguete e levando um torpedo, ela era usada para atacar alvos navais, tendo afundado uma quantidad significativa de navios aliados. Lançada de um bombardeiro, lâmpadas ou sinalizadores indicavam sua posição enquanto um operador comandava remotamente a bomba com um joystick, via link de rádio.
O Saegheh é basicamente a mesma coisa. Só as especificações que são meio infladas pela propaganda. Dizem os iranianos que ele consegue voar a meio metro sobre as ondas, a 250 km/h e tem alcance de 1.000 km.
Ele seria capaz de carregar mísseis ou explosivos.
Visto que está sendo exposto na sala de alguém, não acho que consiga levar mísseis suficiente para afundar nada maior que um daqueles barquinhos de oferenda a Yemanjá. Convenhamos, o C-802 chinês, que não conseguiu afundar um navio feito de ALUMÍNIO, é bem maior que o tal drone:
O tal alcance de 1.000 km também é complicado. Sem satélites para retransmitir sinal, quem vai guiar o drone? Fora que com os radares detectando alvos a 30 km de distância, voando a 250 km/h o drone daria ao navio uns 7 minutos para reagir. Isso é tão lento que iria parecer cena de guerra de filme intelectual europeu.
Fonte: Russia Today.