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Sony Walkman: 30 anos

15 anos atrás

Foi lá pelos idos de 1983. Eu, ainda moleque, estava maravilhado com o relógio digital do Ford Del Rey, achando que nada superaria aquele brilho azul, que havíamos chegado ao auge da tecnologia (dêem um desconto, ainda não tinha nem dez anos). Eis que de repente surge um primo, voltando de férias dos EUA, trazendo nas mãos um pequeno aparelho (pequeno para a época) que, vejam só: tocava fitas cassete! UAU!

Era um Sony Walkman e foi nesse exato momento que a Sony ganhou minha admiração eterna. Era um tocador de fitas cassete portátil! Eu podia ouvir música em qualquer lugar! Não importava o peso, não importava que era preciso trocar as duas pilhas AA todo dia, não importava que o fone-de-ouvido tivesse uma “almofadinha” que se soltava a toda hora… o que importava era que aquela maravilha tecnológica estava ali, ao meu alcance! Claro… a campanha de marketing da Sony ajudava…

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Eu e milhares de pessoas ao redor do mundo estávamos apaixonados pela criação de Kozo Ohsone a pedido de Masaru Ibuka, presidente honorário da Sony. A história mais conhecida é a de que o aparelho teria sido desenvolvido a pedido do próprio Akio Morita, mas não é o que aparece na página da empresa. As vendas começaram dia 1 de julho de 1979 e, a despeito da desconfiança da diretoria da empresa, foi sucesso instantâneo.

Ao contrário do que muita gente pensa, já havia tocadores/gravadores portáteis (não tão portáteis), na época (os da Sony se chamavam Pressman e há um modelo fabricado até hoje). Mas eram caros, voltados a jornalistas e gravavam som monofônico. Com os Walkman (a Sony abomina o termo “Walkmen”), o som era estéreo, o que fazia toda a diferença!

Com o avanço tecnológico, a marca “Walkman” se espalhou por outras mídias e equipamentos, como os tocadores de CD (chamados, no Japão, de CD Walkman), HDs, minidiscs e telefones celulares. Com sua obsessão por padrões proprietários, a Sony deixou de dominar o mundo com seus Minidiscs (até hoje, na minha humilde opinião, a melhor e mais elegante forma de se ouvir/carregar suas músicas), mas isso já é outra história.

Alguns modelos de Walkman que tocam fitas cassete ainda são produzidos, mas sem o mesmo brilho de outrora. Mas se hoje a “geração iPod” existe, é graças a esse venerável e brilhante aparelho.

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