Ronaldo Gogoni 6 anos e meio atrás
Vamos combinar que o Galaxy Note 7, o novo carro-chefe da Samsung é um monstrinho muito desejado entre os usuários de Android. Com 4 GB de RAM, 64 GB de espaço interno com expansão via Micro-SD de até 256 GB e o poderoso Exynos 8890, um octa-core com quatro núcleos de 2,3 GHz, quatro de 1,6 GHz e GPU Mali-T880 MP12 (ou o Snapdragon 820 da Qualcomm, quad-core com CPU Kryo de dois núcleos de 2,15 GHz; dois de 1,6 GHz e GPU Adreno 530 se você estiver nos EUA) ele é um aparelho deveras atraente, não fosse o preço elevado por aqui.
Só que a Samsung tem um problema: mesmo essas especificações frias ficam para trás de muita coisa na China, e isso levou a companhia da Pior Coreia a se mexer e equilibrar as coisas.
O mercado chinês de smartphones possui diversas particularidades, e uma delas é sua capacidade de produzir dispositivos de ponta por preços irrisórios graças ao baixo custo da mão-de-obra local, entre outros fatores. Dessa forma produtos como o absurdo Meizu MX6, um titã com SoC de DEZ núcleos (e que chegou ao Brasil por R$ 2 mil, uma pechincha se considerarmos o cenário atual) são lugar comum e empresas externas como Apple, LG e Samsung não conseguem dominar. Os resultados recentes da líder em Androids por lá, embora tenha vendido muitos S7 e S7 Edge não foi dos melhores.
Assim sendo a Samsung decidiu que é hora de fazer algo a respeito. Como os chineses gostam de aparelhos poderosos e com preços competitivos a companhia confirmou, após vários rumores circularem pela internet de que planeja lançar no País do Meio uma versão turbinada e exclusiva do Note 7, com mais memória e espaço interno: serão 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento para aqueles que são realmente exigentes.
O problema seria novamente o preço. Segundo informes vazados o Note 7 versão “BIRRL” será levemente mais caro do que o modelo padrão, saindo pelo equivalente a US$ 912. A versão de 64 GB custa na China cerca de US$ 853, não exatamente uma boa oferta.
Óbvio que a Samsung não tem como competir com os preços dos dispositivos chineses, mas esta não é a intenção dos coreanos. O que eles desejam é oferecer um dispositivo com capacidades similares ou superiores aos concorrentes da Meizu, Xiaomi, Tencent, Vivo e companhia limitada e deixar que o consumidor decida. É fato que o Note 7, com seu scanner de íris, lindo acabamento e tela curvada são um deleite visual e isso pode ajudar, mas os locais também estão se mexendo nesse sentido e smartphone da China há muito tempo deixou de ser sinônimo de xing-ling.
Em suma, a briga será boa. Eu gostaria que a Samsung trouxesse essa versão do Note 7 para o Brasil, mas o preço obviamente não seria nada convidativo.
Fonte: The Korea Herald.