Carlos Cardoso 7 anos atrás
Não vou entrar no mérito de gente que era louco por Tazos, figurinhas de jogador de futebol em embalagem de chiclete, Ioiôs e outras modas criticar o fenômeno do Pokémon GO. Deixa o pessoal se divertir, pô.
O jogo, que quando era cool nerd cult e se chamava Ingress todo mundo achava o máximo, é a culminação de décadas de pesquisa e bilhões de dólares, os satélites que guiam mísseis e bombas no árduo trabalho de polpificação do ISIS também guiam jogadores atrás de bichinhos imaginários pelas ruas. E aí há um problema.
Não com o Pokémon em si, mas com o uso constante dos recursos de geolocalização. Isso está estressando os aparelhos, estão ficando vermelhos irritados e bufando como o pessoal que passa o dia inteiro reclamando dos caçadores treinadores ou seja lá como eles se chamem… “parem de se divertir, pô!”
Um celular hoje em dia faz um monte de coisas e tem um processador poderosíssimo, mas esse monte de coisas é pontual. Ele nunca terá a capacidade de dissipação térmica de um PC. Quando você usa aplicativos pesados e que ainda por cima exigem acesso constante ao chip GPS, o bicho esquenta, e muito. Isso diminui a vida útil dos chips, e ACABA com a bateria.
Em muitas lojas nos EUA powerbanks estão vendendo feito água. Os jogadores descobriram que suas baterias que normalmente duravam o dia inteiro não aguentam quase nada com uso intenso de CPU e GPS.
O Rei está nu e a nudez real é que celulares são poderosos dispositivos, mas de pico. Quer usar como GPS? Carregador veicular. Quer usar pra fazer streaming para a TV? Boa sorte, sem um carregador na tomada mais próxima.
Hoje o melhor presente, o melhor brinde é um powerbank. O peso que os celulares vem perdendo volta para nós na forma de baterias auxiliares, mas assim é a vida de quem quer caçar pokémons ou assistir Preacher no busão.
Fonte: Quartz.
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