Meio Bit » Arquivo » Indústria » Verizon e Google traçam planos para comprar o Yahoo!

Verizon e Google traçam planos para comprar o Yahoo!

Verizon deseja adquirir divisão web e parte da subsidiária japonesa do Yahoo!; grandes são as chances da CEO Marissa Mayer não permanecer no cargo

8 anos atrás

yahoo

Muito se fala sobre o futuro do Yahoo!. Sob o comando da linha-dura Marissa Mayer ela tem sangrado e muito nos últimos anos, e embora sua gestão tenha feito esforços para segurar as pontas e resolver o inferno burocrático que a empresa era, o fato é que hoje a outrora gigante da internet é uma sombra do que foi, para não dizer uma piada.

Como soltar o passaralho e cortar serviços não está ajudando, o Yahoo! agora estuda formas de ganhar dinheiro rápido e uma delas é vender produtos consagrados, como o Flickr. Ao mesmo a Microsoft estaria mexendo seus pauzinhos para acelerar a compra da companhia por outros investidos, não estando ela mesma novamente interessada em adquirir a parceira.

Outros porém estariam, como a Verizon e o Google. E isso pode seguramente significar fim da linha para Mayer.

Na verdade o Yahoo!, ou melhor dizendo sua divisão de negócio web estaria sendo disputada a tapa por grandes companhias, muito provavelmente incentivadas pela promessa de aporte da Microsoft que não pretende fazer uma oferta diretamente. Segundo fontes confiáveis da Bloomberg a mais provável a apresentar uma oferta sólida e que provavelmente a fará nos próximos dias é a Verizon, que deseja não só adquirir o negócio principal do Yahoo! (que incluem e-mail, os portais de esportes e finanças e sua tecnologia de ads) como 35,5% da subsidiária Yahoo! Japan (o grupo SoftBank detém 43% das ações), sendo que o pacote estaria hoje avaliado em cerca de US$ 8,5 bilhões. O portal web também estaria incluído na negociação.

O segundo interessado em adquirir o Yahoo! seria o Google, já que a holding Alphabet estaria de olho muito provavelmente em seus algoritmos de ads para incorporar aos seus próprios. Outros players como AT&T, Comcast, as companhias de investimentos BainCapital e TPG e a editora Time Inc. também estariam no páreo para tentar abocanhar a antiga gigante das buscas. A Verizon no entanto, com capital de US$ 213 bilhões não só seria a mais provável a levar como já teria traçado planos do que fazer com ela.

marissa-mayer

Planos da Verizon para o Yahoo! não incluiriam a CEO Marissa Mayer

A decisão mais fácil de ser tomada e mais provável é: Marissa Mayer será "liberada para buscar novos desafios", ou trocando em miúdos receberá o tão adiado pé na bunda. Segundo fontes a Verizon unificaria os negócios principais do Yahoo! com os America OnLine na forma de uma única grande corporação, com o atual CEO da AOL Tim Armstrong sendo mantido no comando.

Não é como se não fosse culpa dela ou de sua gestão. Embora Mayer tenha apresentado resultados a curto prazo sua gestão é considerada por muitos um desastre no ponto de vista dos investidores, principalmente por conta de seu nada modesto ego. A compra do Tumblr por uma fortuna, tendo gasto mais dinheiro que o Facebook com o Instagram foi considerada um erro gigantes, e para completar o serviço perdeu quase um terço de seu valor de mercado de lá para cá. Seu grupo de diretores não conseguiu se livrar da divisão web, contrariando o desejo dos investidores de fazer caixa e se concentrar na participação da Alibaba na companhia.

E para completar a compulsão de Mayer em distribuir bilhetes azuis sem piedade a quem quer que seja mais prejudica do que ajuda na moral do Yahoo!. Quem gostaria de trabalhar numa empresa em que você não sabe quando será demitido, já que nenhum cargo é seguro?

Independente de quem adquirir o Yahoo!, o que a essa altura é quase certo que irá acontecer os dias de Mayer e seu corpo de diretores estão contados, e que a nova gestão se encarregue de ao menos tentar por as coisas nos eixos. O prazo limite para os interessados apresentarem suas propostas de compra se encerra na segunda-feira; procurados pelo Bloomberg nenhuma das partes envolvidas se manifestou a respeito.

Fonte: Bloomberg.

relacionados


Comentários