Carlos Cardoso 7 anos atrás
Drones são legais mas têm uma desvantagem: são lentos, e nem falo dos 217 km/h de velocidade máxima de um Predador, falo de todo lag entre o drone filmar o alvo, isso ser transmitido para dois ou três satélites, chegar em uma sala no Pentágono, ser avaliado por especialistas, ser passado para um escalão mais alto, a ação ser discutida, aprovada e então a autorização para ataque ser dada para os dois operadores em um container refrigerado em Nevada.
Em combate de verdade, isto é, quando o outro lado atira de volta, é preciso mais agilidade: por isso os soldados amam, adoram o A-10 e o AC-130.
Um relatório da empresa Massive Analytics entregue aos militares britânicos expõe esse problema, e demonstra que hoje em dia a quantidade de informação vinda de diversas fontes é grande demais e as decisões precisam ser mais rápidas do que humanos conseguem trabalhar. Eles estão desenvolvendo um sistema que lida com isso, compilando dados não só do campo de batalha mas até de redes sociais.
Pode parecer besteira mas um monte de terroristas idiotas postam fotos com geolocalização: se você tem um Bin Laden da vida fazendo um selfie e postando, e um drone na área que via reconhecimento de imagem confirma que é o cara, o sistema não perde tempo pedindo autorização, manda logo uma dose de diplomacia na cabeça dele.
Isso, claro, é um cenário perfeito, ideal e de powerpoint de vendedor, na prática nós sabemos que o que vai acontecer é isto:
O leitor contumaz do MeioBit, e até o semtomás sabe que eu estou longe de pagar de pacifista, adoro coisas que fazem cabum, mas tirar os humanos do circuito é algo ruim desde Wargames. Se a decisão final de apertar o gatilho não for de alguém, ela não é de ninguém, sumindo ao mesmo tempo a responsabilidade.
Se o computador decidir quem vai matar, a culpa se algo der errado só sobrará para uma pessoa:
o estagiário.
Fonte: Russia Today.