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Algoritmo identifica quem usa o Twitter enquanto na mão do palhaço

Algoritmo usa aprendizado de máquina para identificar mensagens do Twitter que foram compartilhadas por usuários enquanto alcoolizados

8 anos atrás

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Sejamos sinceros, todos nós nos acostumamos a utilizar o Twitter o tempo todo, e a facilidade de expor nossos pensamentos é excelente e permite também alguns momentos de vergonha alheia. Principalmente se levamos a mão ao smartphone quando em estado levemente (ou profundamente) alcoolizados.

Ainda assim tem gente que disfarça bem, ao ponto das pessoas não perceberem à primeira olhada que aquele quem segue está trocando as pernas. Mas o que o humano não percebe, um algoritmo pode identificar muito bem.

Um estudo publicado no dia 10 de março por pesquisadores da Universidade de Rochester, Nova Iorque combinaram a timeline do popular site de microblogs™ e um algoritmo de aprendizado de máquina, de modo a desenvolver um sisteminha capaz de identificar e reconhecer quem está tuitando sob o efeito da marvada.

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O algoritmo coletou mais de 11 mil mensagens da região de NY e Monroe County, e foi configurado para filtrar quaisquer tipo de postagens que contivessem as palavras “festa”, “cerveja” ou ou óbvio “bêbado”, além de gírias em inglês como “beer keg” ou “shitfaced". O período de coleta se deu entre julho de 2013 e julho de 2014 e utilizou o Mechanical Turk, uma ferramenta de crowdsourcing da Amazon. Ele foi o encarregado de analisar as mensagens.

Casa mensagem foi minuciosamente estudada. O algoritmo foi instruído para identificar mensagens enviadas de casa após os usuários chegarem de lugarem onde eventualmente poderiam ter enchido a cara. O estudo também observou se os tuiteiros beberrões compartilhavam seus etílicos pensamentos somente em casa ou diretamente dos pontos onde paravam para beber, e a relação de distância entre eles.

O experimento (cuidado, PDF) concluiu que moradores de NY bebem muito mais e em lugares mais próximos de casa, ou em suas próprias residências; já os de Monroe County procuram estabelecimentos mais afastados. No futuro o algoritmo pode ser preparado para analisar o comportamento da população de um bairro ou cidade

Nabil Hossaim, doutorando de Rochester e um dos autores do estudo acredita que o sistema pode ser utilizado para medir o comportamento demográfico ao analisar os costumes da população que bebe e tuíta, a fim de evitar problemas e até mesmo permitir a implementação de campanhas, como de incentivo a não dirigir quando beber, o que é bem possível; basta refinar a pesquisa.

Fonte: Ars Technica.

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