Carlos Cardoso 7 anos atrás
O mundo está cada vez mais sensível. Estudantes, antes uma força contestadora, revolucionária e que efetivamente mudavam o mundo hoje são um bando de floquinhos de neve, especiais únicos e sensíveis. Em um congresso sobre assuntos femininos em Solihull, na Inglaterra os participantes foram solicitados a fazer “jazz hands”, aquele movimento em que você ergue a mão espalmada e gira os pulsos.
Motivo? Alguns membros estavam desconfortáveis com o barulho das palmas.
Me desculpe. A sério. Se você é traumatizado a ponto de não poder ouvir gente bater palmas, seu lugar não é num congresso, é em um consultório psiquiátrico. Mesmo assim um monte de participantes, achou o máximo essa demonstração de inclusão e tolerância. Deve ter sido divertido todo mundo aplaudindo assim:
Agora uma pesquisa da Universidade de Binghamton descobriu outro ponto igualmente traumático para os floquinhos: o ponto final. No estudo Texting insincerely: The role of the period in text messaging, 126 estudantes foram dissecados acompanhados em suas atividades de troca de mensagens de texto.
Ao final descobriram que não há problemas com exclamações e outros sinais, mas frases terminadas com ponto final eram tidas como… menos sinceras. Agressivas até.
“Ok” tudo bem.
“Ok.” é visto como algo passivo-agressivo.
Note, não estou falando daquela idéia retardada de neutralizar gênero com X ou @ (COMO se pronuncia “amigxs”, ô filho de uma dama que troca favores por dinheiro?) mas de simples… pontuação.
O ponto indica o final da frase, PONTO. Não carrega qualquer carga moral ou emocional, mas um jornalista do New Republic conta que o filho reclamou dos textos agressivos do pai em IMs. Muitos pontos finais. Aff.
Ou seja: se você estiver se comunicando com esses floquinhos sensíveis, não use ponto final em suas frases, eles podem ficar ofendidos. Ou então faça como eu: use o idioma da forma correta, se alguém reclamar de uma bobagem como um ponto, o Starlord tem um gesto ainda mais adequado do que jazz hands.
Fonte: Washington Post.