Ronaldo Gogoni 7 anos atrás
Nem só de robôs assassinos (de ervas daninhas) vivem os pesquisadores: o MIT está há um mês trabalhando em autômatos dedicados à nobre função de entreter os pequenos infantes contando histórias, e agora Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos agraciou a equipe responsável com um fundo generoso de US$ 440.885,00 para esse fim.
A equipe liderada pela doutora Cynthia Breazeal, professora associada do MIT, membro do Media Lab da instituição e fundadora e CEO da Jibo, empresa criada especificamente para desenvolver robôs sociais (ela é considerada pioneira nesse setor, vale a pena ver sua palestra no TED) esse fim consiste em “desenvolver robôs autônomos sociais e personalizáveis que possam ser utilizados como tutores, a fim de entreter crianças em idade pré-escolar contando histórias e realizando atividades durante um longo tempo de interação”. A ideia é introduzir máquinas amigáveis aos pequenos que sejam inteligentes ao ponto de entender linguagem natural, para desempenhar o papel de babás virtuais das crianças.
A fase pré-escolar é importante no desenvolvimento das crianças, e os robôs podem estimulá-las a desenvolverem seus vocabulários e a aprenderem mais, dando mais condições e melhorando suas capacidades de aprendizado no futuro.
Breazeal não é leiga no assunto, ela trabalha com IA há mais de 20 anos e apresentou há pouco mais de um ano o Jibo, o primeiro robô social pessoal cuja meta é ser um companheiro e auxiliar das famílias. A campanha do Indiegogo foi um sucesso e ele é esperado para o ano que vem.
http://www.youtube.com/watch?v=3N1Q8oFpX1YJibo: The World's First Social Robot for the Home
Ficou na dúvida? Aqui tem ele funcionando.
Eu penso o seguinte: ter um robô como uma ferramenta de ensino é algo muito interessante do ponto de vista técnico, mas é importante que os pais não os vejam como uma nova TV e deixem de interagir com seus pequenos. Tecnologia é bom, mas contato pessoal é essencial. No mais, a iniciativa da dra. Breazeal é interessante e ela já mostrou ser capaz de entregar o que promete. A meta é que o estudo prossiga até 2017.
Fonte: The Washington Free Beacon via Popular Science.