Carlos Cardoso 7 anos e meio atrás
Antes de mandar gente pro espaço em longas missões, é essencial descobrir se isso é simplesmente viável, ou se depois de algumas semanas todo mundo vai querer matar uns aos outros. Submarinos são usados como base mas a dinãmica do dia-a-dia é completamente diferente, por isso experimentos como o Marte 500, do Instituto de problemas Biofísicos da Rússia.
Entre outros experimentos uma tripulação de 6 voluntários simulou uma missão de 520 dias até Marte confinados no ambiente não exatamente luxuoso da “espaçonave”:
O habitat tem um volume total de 550 metros cúbicos, mas a área das cabines individuais é de 3 metros quadrados. A maior parte do espaço é o ambiente de simulação do solo marciano.
É como morar no Formule 1.
Contrariando as expectativas de muita gente os caras não se mataram, e agora os russos querem uma experiência mais ousada e perigosa: vão montar uma tripulação 100% feminina em uma viagem simulada de oito dias até a Lua, no projeto Lua 2015:
Serão 6 tripulantes escolhidas de uma equipe de 10 voluntárias.
Entre elas temos Anna Kussmaul, Geneticista PhD, Elena Luchitskaya, médica espacial, Mariya Maximova, com mestrado em Matemática Aplicada e Física, Joining Maximova, ecologista e trekker (que coisa idiota, mandar uma ecologista pra Lua, quase tão burro quando mandar um botânico pra Marte), e Natalya Lysova, especialista em fisiculturismo e esportes.
É muito bom ver a Rússia, um país com um PIB menor que o do Brasil e gastos bem maiores (invadir a Ucrânia saiu caro) manter um programa espacial de verdade, só acho que falta um Boninho por lá, estão perdendo a chance de produzir um excelente reality show.
Fonte: NASA Space Flight.