Emanuel Laguna 9 anos atrás
Microsoft acaba de anunciar que pretender fazer uma reestruturação na área de dispositivos móveis. Traduzindo: ela pretende demitir mais 7.800 funcionários (representam 6% dos atuais 118 mil empregados) e a maioria deles virá da divisão que trabalhava com celulares.
Quando adquiriu a divisão mobile da Nokia por US$ 7,2 bilhões; a Microsoft absorveu 30 mil funcionários. Infelizmente a empresa tem cortado diversos custos desde então e foi demitindo vários deles: pouco menos de um ano depois da aquisição, 12.500 foram procurar emprego em outro lugar.
Satya Nadella, atual CEO, pretende reestruturar a empresa de forma a ter um menor foco no hardware mobile próprio.
“Estamos mudando nossa estratégia: em vez de desenvolvermos apenas o negócio de smartphones, queremos também oferecer um belo ecossistema Windows muito além do hardware próprio.
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No curto prazo teremos um portfólio mais enxuto e efetivo de aparelhos enquanto reinventaremos a longo prazo o segmento móvel.” — Satya Nadella, no comunicado dirigido aos funcionários
A Microsoft anunciou que o custo de aquisição dos ativos da Nokia Devices and Services (NDS) foi de 7,6 bilhões de dólares; fora os encargos de reestruturação, mais US$ 850 milhões. Infelizmente, o Windows Phone ainda não conseguiu resgatar todo esse custo. Muito pelo contrário: cada celular vendido pela Microsoft (smartphone ou não) dá prejuízo médio de 12 centavos de dólar.
O tio Laguna espera que os smartphones topo de linha da linha Windows 10 Mobile obtenham sucesso. Só acho um pouco difícil reverter este quadro no curto prazo:
PREVISÃO 2015 DA PARTICIPAÇÃO DE MERCADO DOS SISTEMAS MÓVEIS | |||
Previsão → Plataforma ↓ |
Vendas em 2015 (em milhões de unid) | Participação de mercado (prevista para 2015) | Crescimento anual |
Android | 1.149,3 | 79,4% | 8,5% |
iOS | 237,0 | 16,4% | 23,0% |
Windows Phone | 46,8 | 3,2% | 34,1% |
Outros | 14,2 | 1,0% | 3,9% |
TOTAL: | 1.447,3 | 100,0% | 11,3% |
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Segundo a IDC, a previsão é a de que o Windows Phone permaneça num distante terceiro lugar este ano. E a previsão para 2019 é igualmente pessimista para a divisão mobile da Microsoft. Provavelmente mais demissões virão, infelizmente.
Fonte: The Verge.
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