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Comércio Eletrônico: ainda estamos em 1996?

15 anos atrás

Neste último Natal, precisei comprar os presentes que a molecada pediu ao Papai Noel. Como o Bom Velhinho estava ocupado demais com a crise americana, lá fui eu vasculhar os sites de comércio eletrônico, atrás das melhores ofertas.

Depois de horas de navegação, escolhi uma loja bem conceituada entre os vários comparadores de preços, preenchi o cadastro, enchi o carrinho, coloquei o número do cartão de crédito, confirmei tudo e recebi um email. Ótimo, o Natal estava salvo.

Nada disso, Flipper! Um outro email chegou logo depois, solicitando que eu ligasse (isso mesmo, uma ligação telefônica) para confirmar os dados (que já haviam sido autenticados pela operadora do cartão de crédito). Como se não bastasse, eu deveria enviar por fax uma cópia do RG e do CPF. Parece piada? Mas não é.

Alguns dias depois, uma pessoa do site ligou, solicitando as mesmas coisas. Disse a ela que cancelasse o pedido, já que, em uma compra via internet, eu procurava comodidade, facilidade e rapidez. Seria, portanto, mais cômodo, fácil e rápido ir a uma loja "física"... a resposta, vocês podem imaginar, foi algo do tipo "...ah, tudo bem, senhor... estarei liberando seu cadastro então... muito obrigado por comprar conosco...".

Parece coisa de... 1996 ou antes. E toda essa novela por alguns bens que não chegam aos R$ 500,00.

Corte rápido para uma concessionária de automóveis. Valor do bem: R$ 32.500,00. De casa, o sujeito liga para a dita loja e avisa que quer comprar o tal carro. Na mesma hora o vendedor pega os dados, pergunta quais opcionais devem ser embutidos no pacote e diz que liga de volta em meia hora. Em quinze minutos ele retorna a ligação dizendo "...está tudo certo, o senhor pode passar amanhã, a partir das 9:00h e retirar o automóvel. Muito obrigado por comprar conosco.".

Ainda há sites (infelizmente, muitos) que não entenderam bem como funciona a compra pela internet. E é um milagre que ainda não tenham ido para o buraco.

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