Carlos Cardoso 8 anos atrás
Que o Google não é santo ninguém discute, mas tem horas que a gente tem que escolher o mal menor, e mesmo quem está errado pode ser injustiçado, nem Hitler merece, por exemplo, ganhar brigadeiro de chuchu (existe, pesquise) no aniversário.
Um desses males maiores é o protecionismo da União Européia, que abomina a existência de qualquer coisa que vá além da costa da Normandia, tolera o Reino Unido e mais nada.
Lembram daquele bafafá contra a Microsoft, onde milhões de freetards bateram palma pois seria o fim do monopólio de Bill Gates, com a opção para escolha de navegadores entubada nos PCs Windows novos? Pois é. Teve efeito ZERO, o maior contribuinte para o fim da hegemonia no Internet Explorer foi a própria Microsoft, com o IE6, e o Google, com o Chrome.
Agora o Google virou vilão também. A União Européia se tocou que ele é o padrão de facto para buscas, dizem que é monopólio, não pode. Vão investigar e ameaçam com multas de milhões de euros.
A França por sua vez se rendeu ao hype anti-google e está caprichando nas Leis insanas. O parlamento, segundo o TC, votou uma Lei que obriga sites de busca a mostrar pelo menos três rivais em sua homepage. Isso mesmo. Seu consumidor é retardado e você precisa MOSTRAR que existem outros concorrentes, coitadinho deles.
O alvo é o Google, com 90% de mercado na França, mas e o Royalewithcheese.fr com 0,4% dos usuários, como será quando essa gente descobrir o link do Google na home, resolver experimentar e nunca mais voltar? Eu conheço gente que por anos usava o Cadê para ir pro Google.
Tá bom? Tem mais. Esses cheese-eating surrender monkeys querem que os sites de busca revelem o funcionamento de seus algoritmos, para garantir que os resultados sejam imparciais e não-discriminatórios.
Você sabe, todos aqueles algoritmos desenvolvidos por anos, aquela propriedade intelectual que vale uma baba… querem que tudo isso vá pra vitrine. É uma espécie de Open Source compulsório.
Querem saber? Não vai acontecer. Nem deveria. Liberdade também significa todo mundo gostar da mesma coisa. A França quer entubar na internet o protecionismo que fez o cinema e a televisão deles esse sucesso mundial lotador de salas que todos conhecemos.