Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Circulavam rumores há algum tempo de que o Facebook estava trabalhando em uma versão de sua rede social com uso mais voltado para o ambiente de trabalho, e nesta quarta-feira a empresa confirmou as suspeitas: o Facebook for Work, nome dado ao projeto é a tentativa de Mark Zuckerberg de expandir seu território para o mercado corporativo.
Embora o novo produto seja bem semelhante ao Facebook tradicional, a ideia aqui é fornecer a empresas de pequeno e médio porte ferramentas para a criação e manutenção de redes sociais próprias: os perfis dos usuários exibem dados específicos como informações profissionais, formação, cargo e outros dados mais relevantes para uso profissional e menos interessantes para o público em geral.
Os usuários ligados em um perfil de uma empresa poderão de comunicar e trocar informações sem a necessidade de trocar e-mails, ou seja, a ideia é fazer do Facebook for Work uma ferramenta de rede profissional para facilitar a interação entre funcionários, setores e mesmo filiais de uma empresa, se for o caso. É uma proposta mais distante do LinkedIn e mais próxima do Yammer, rede social adquirida pela Microsoft em 2012 – e cujo time de desenvolvimento foi deslocado para o Office 365.
As informações dos usuários são protegidas e completamente separadas de seus perfis “civis” no Facebook tradicional, e a empresa jura de pé junto que está apenas oferecendo a ferramenta e não pretende exibir anúncios. A questão é: como Zuck vai fazer dinheiro com a ferramenta? Embora a empresa tenha dito que não realizará data mining, nós sabemos que a companhia não é muito honesta em muitas coisas que faz (vide aqui e aqui), portanto uma reviravolta nesse aspecto não seria uma novidade.
O Facebook for Work está sendo liberado em pílulas: a fase beta começa hoje e os apps para iOS e Android só podem ser baixados por algumas poucas empresas. Elas farão os testes preliminares antes da rede social ser disponibilizada em versão web, e por fim para todos.
Fonte: WSJ.