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O futuro chegou: inventado o ônibus elétrico!

Nossa que incrível, uma empresa norte-americana está vendendo… ônibus elétricos. É revolucionário, uma espécie de bonde sem trilho, um trolebus wireless, com todas as desvantagens dessas duas coisas.

9 anos atrás

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Antigamente o grande negócio era o agronegócio. Hoje é o econegócio. Tudo que é verde vende. Já vi gente ganhar fortunas sem fazer nada apenas vendendo “créditos de carbono”, e mesmo pessoas esclarecidas hippies que odeiam automóveis elogiam os motores Ecoboost, que são maravilhosos e salvam as foquinhas (coitados dos pinguins). Chame de motor turbo e aí vira coisa do capeta.

O ônibus acima é um exemplo desse excelente negócio que é vender soluções “verdes”.

Anunciado como revolucionário e 100% livre de emissões (se você desconsiderar as termelétricas a carvão de onde essa eletricidade vem) tem autonomia de incríveis 56 km, com tempo de recarga (dizem) de 10 minutos. Pelo menos 12 empresas já compraram o modelo, a um custo de US$ 800 mil. O dobro de um ônibus convencional. 

Os números, claro, não batem. Diz o fabricante que em uma vida média de um ônibus, 12 anos, os custos de manutenção do eco-ônibus são de US$ 100 mil contra até US$ 600 mil de um ônibus convencional. Como assim? Só se com 6 anos eu jogar o ônibus fora e comprar outro.

Mesmo assim tem gente chamando o ProTerra de “futuro do transporte de massa”. Pois bem, nós do MeioBit acreditamos no futuro, e temos algumas sugestões.

Primeiro, que tal abrir mão da bateria? É pesada e 10 minutos parado é um tempo imenso para um ônibus. Nossos engenheiros aeroespaciais futuristas sugeriram uma infraestrutura de cabos, aproveitando a rede elétrica existente. No ônibus um coletor patenteado e futurista, que captaria a energia diretamente desses cabos, levando-a até os motores. Nosso departamento de computação gráfica modelou uma imagem-conceito:

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Não é incrível? Mas nossos engenheiros não pararam aí.

Mesmo nossa versão otimizada pode ser mais ecológica ainda. Borracha é um recurso limitado, unidades de direção demandam manutenção. As rotas são sempre as mesmas, certo? Então que tal espalharmos uma malha de trilhos pela cidade?

Trocando os pneus dos ônibus por rodas de ferro teremos menos desgaste, os motoristas não precisarão decorar os caminhos e o equipamento todo ficará bem mais leve. Os controles seriam transformados do complicado conjunto de botões, alavancas de mudança voltante e pedais em um simples, moderno ergonômico e revolucionário acelerador/freio manual.

Em lugares de clima ameno podemos promover a redução de peso removendo as laterais do ônibus. Com isso a preocupação do motorista em abrir e fechar portas também deixaria de existir. E economizaríamos em ar-condicionado.

Viram? Mesmo uma idéia moderna e revolucionária como o Proterra pode ser melhorada. Aqui uma renderização desse conceito inédito e futurista de transporte ecológico, de emissão zero e participativo:

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Agora sério: eu sei que dá dinheiro mas será que esse pessoal não vê que nem todo hype é válido? Que nem toda solução modernosa faz sentido na ponta do lápis?

Nem sempre é preciso reinventar a roda, a antiga funciona, só não é tão branquinha e bonita.

Fonte: FCO.

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