Carlos Cardoso 8 anos atrás
Antes de se tornar clinicamente insano, envenenado com o plástico do OLPC Nicholas Negroponte fez várias previsões sobre o futuro da tecnologia. Uma delas é a chamada Inversão Negroponte, segundo a qual a comunicação (na época) pessoa a pessoa era via cabo e a comunicação broadcast era sem-fio. No futuro (ou seja, hoje) pessoas falariam com pessoas sem fio, e receberíamos broadcast via cabo.
Ele acertou, mas logo isso deixará de ser verdade. O cabo tende a morrer, o grande gargalo da velocidade está sumindo. As operadoras não estão gostando do investimento pesado para aumentar a velocidade das conexões, mas são pressionadas pelos fabricantes de celulares, pelos consumidores e pelos fabricantes de equipamentos de telecomunicação.
Por exemplo, a Samsung, que como todo bom megaconglomerado da Pior Coréia, se encaixa em todas essas categorias. Agora eles testaram o que pode ser a gênese da telefonia celular 5G.
Em um teste eles equiparam uma van com rádios 5G, instalaram uma estação-base na beira da pista e mediram a velocidade. Conseguiram transmitir, com o veículo parado dados na velocidade de 7,5 Gb/s; baixando 940 MB por segundo, o equivalente a 30x uma conexão 4G LTE.
Só que celular se chama telefonia móvel, então tem que se mexer. Com o primo coreano do Stig ao volante, percorreram o circuito a 110 km/h enquanto mediam novamente a conexão. Nessas condições chegaram a um link de 1,2 Gb/s; equivalente a um download de 150 MB por segundo.
Sim, tem vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=0MVZyr7-cj0
Samsung Tomorrow 5G — Live Demonstration
Com velocidades assim não faz sentido manter uma infraestrutura de cabos, para nada. Um roteador Wi-Fi só precisará de um slot para SIM card e o resto é festa.
Claro, isso em países de verdade. Vejamos uma comparação nada científica, entre um 4G da Rogers, canadense e um da Vivo.
É, como fica evidente o Brasil não está preparado para um evento tecnológico do porte do 5G da Samsung…
Fonte: WPC.