Carlos Cardoso 9 anos atrás
Todo echochato que odeia carros está babando com aquele cupcake de prástico sem volante que o Google está querendo enfiar goela abaixo do Mundo. Graças a um poderoso lobby o bichinho já foi até legalizado, mas a Califórnia não está achando graça e não quer que ele seja testado em vias públicas. A idéia de um carro 100% autônomo, sem volante para que o motorista assuma o controle em uma emergência não é aceitável.
O pior é que parece que estão com a razão.
Há veículos onde os sistemas de emergência não dependem de intervenção humana. Um elevador é totalmente automatizado e é o meio de transporte mais seguro que existe. Um Lamborghini Gallardo corrigindo automaticamente uma manobra brusca é puxa bruxaria. Você solta o volante e ele faz o resto. Só que dirigir “de verdade” é mais complicado, como ficou claro nesta matéria do MIT Technology Review.
Apesar de o carro ter percorrido mais de 1 milhão de km em testes, eles foram feitos em estradas finamente mapeadas. Um batalhão de carros com sensores deve escanear as ruas metro a metro, os dados são revisados por humanos e então mastigados pro carro do Google.
Mais ainda: ele não sabe lidar com um sinal de trânsito que tenha sido instalado de novo, mudanças de trajeto por obras ou acidentes são leeeeeeentamente processadas e para piorar, o LIDAR dele não sabe como lidar (sorry) com obstáculos. Um saco plástico é a mesma coisa que um cachorro, um bebê ou a Regina Casé.
Quer mais? O software não detecta buracos na pista e não sabe identificar se um bueiro está sem tampa. Tudo bem, mesmo que ele caia, pelo menos o carro do Google bóia.
Há um lado bom: ele não tem como reconhecer um guarda de trânsito acenando desesperadamente indicando que há um arrastão do Comando Vermelho adiante. Darwin aprova.
Esse projeto é um exemplo didático de como inteligência artificial é algo que funciona muito bem em aplicações específicas, mas é um fracasso em situações mais genéricas.
Portanto, se você gosta de dirigir, pode ficar sossegado. Não vão tornar sua diversão algo proibido, não pelo menos nos próximos 6 meses.
Fonte: CM.