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Distribuição digital abocanha 92% do mercado de games de PC

Isso já era mais do que esperado: pesquisa revela que ao menos no cenário gamer para PCs, a distribuição digital responde por mais de 90% do mercado mundial

10 anos atrás

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Embora já estivesse mais do que óbvio, era preciso uma confirmação oficial de que ao menos nos computadores, os dias do domínio da distribuição de games em mídia física já haviam chegado ao fim. E ela veio: uma pesquisa realizada pela empresa DFC Intelligence revela que 92% do market share global de games para PCs foram absorvidos pelos títulos distribuídos digitalmente, e a tendência é essa porcentagem aumentar nos próximos anos.

Esta era uma projeção que se tornaria realidade mais cedo ou mais tarde, mas nem sempre foi assim. No início a proposta do Steam, de oferecer games somente via download foi ousada, e se levarmos em conta que o serviço da Valve entrou no ar em 2003, isso é uma verdade: banda larga ainda era um luxo de poucos, a internet ainda era movida a lenha em muitos lugares. Além disso, os fabricantes resistiram bravamente a aderir à loja, fornecendo soluções bizarras como clients paralelos (como o GFWL da Microsoft) e títulos físicos que poderiam ser ativados no Steam.

Entretanto o serviço de Gabe Newell era mais democrático: ele permitiu pela primeira vez que um jogador adquirisse seu game de forma legal e sem complicação, e pudesse baixá-lo tranquilamente a partir de qualquer lugar. Some-se a isso o fato de que os games não ocupam espaço físico e as promoções doidas do Steam e pronto, os jogadores (mesmo os piratas, provando o ponto de Newell que a pirataria se combate com serviços de qualidade e não com repressão) migraram em massa. Hoje, graças ao Steam, clients concorrentes como o Origin e lojas digitais como GOG, Green Man Gaming e Humble Bundle, o cenário de 2010 em que games digitais respondiam por apenas 48% do share parece um sonho distante.

Isso não quer dizer que games físicos não vendam mais. No Reino Unido, somente em 2013 a venda de games físicos para PCs e consoles totalizaram 1,015 bilhão de libras esterlinas, o que não é um número exatamente desprezível. Porém, os games digitais representaram vendas de £ 1,18 bilhão, um aumento de 16,4% em relação a 2012 e claro, um número maior do que as vendas de games físicos (claro, há de se levar em conta que games para dispositivos mobile também entraram no cálculo).

Vale lembrar que em abril a DFC também apontou para a realidade dura do mercado de games para PC lucrar mais do que o de consoles, principalmente por causa de MOBAs como League of Legends e Dota 2, os games mais lucrativos do mundo. Isso posto, a possibilidade de games em mídia física entrarem em extinção se torna não uma possibilidade, mas um destino inevitável.

Fonte: PCR.

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