Carlos Cardoso 9 anos atrás
Essa é mais uma daquelas ações de marquetingue que as empresas fazem nas grandes cidades e não significam muito, são apenas coisas legais. Eu acho que funcionam, as pessoas gostam desse tipo de intervenção, e se tiver um pouco de ciência no processo, melhor ainda.
Por isso gostei da ação da Microsoft construindo um carregador feito de batatas e… maçãs. Não é magia, é tecnologia, e tecnologia antiga.
Tendemos a achar que eletricidade, ao menos a controlada é o símbolo de nossa sociedade, mas não há nada de artificial em eletricidade. Processos elétricos são essenciais para todos os organismos complexos, e há até bactérias que comem eletricidade.
A bateria formada por uma fruta e dois eletrodos, de zinco e cobre é fruto da pesquisa de Alessandro Volta, que em 1800 apresentou ao mundo sua pilha, composta de elementos metálicos separados por círculos de papelão embebidos em ácido sulfúrico ou água salobra. A reação química de oxidação do zinco produz uma corrente elétrica constante, e só não foi uma invenção perfeita por Volta ter que esperar 207 anos até a chegada do iPhone.
Quando você espeta uma moeda de cobre e uma arruela de zinco em uma batata o ácido no legume (batata é legume?) é suficiente para desencadear a reação, mas claro que não dá pra espetar uma berinjela num Tesla Roadster e rodar 300 km. Tanto que no caso usaram 800 maçãs e batatas para produzir energia suficiente para carregar um Lumia 930. Acho que seria possível com menos, se não usassem o carregador sem fio, mas tudo bem.
De qualquer jeito fica a dica, caso você esteja perdido em uma ilha deserta e postar um selfie com o Wilson seja mais importante do que comer.
http://www.youtube.com/watch?v=EG7COEjN-EM
Nokia Lumia 930 organic wireless charging experiment
Fonte: SG.